- Especial
- 18 de dezembro de 2021
Polícia prende jovem contratado para matar advogada em Gravataí
Chegou ao fim uma das investigações mais truncadas da última década em Gravataí. O crime: a tentativa de homicídio contra uma advogada criminalista. A investigação durou três anos, mas foi nos últimos meses que policiais revelaram uma verdadeira trama a partir de uma única pista.
O suspeito preso na tarde desta sexta-feira (17) já havia prestado depoimento no mês de outubro, e confessou aos policiais a missão: executar a advogada. O convite, segundo ele, foi uma imposição já que devia valores para um traficante na cidade de Nova Hartz. Temendo pela vida, já que a dívida acumulara, o rapaz aceitou ser o executor do crime. Além disso, cerca de R$ 3 mil teria sido ofertado como recompensa.
No dia do crime a advogada limpava a piscina de casa, na região da Morungava, quando o rapaz, na época menor de idade, invadiu a residência e desferiu os golpes contra ela. Ao todo foram 14 facadas. Ela precisou ficar internada e sofreu múltiplas lesões, incluindo a amputação de dedos da mão.
Desde então eram escassas as pistas sobre o crime. Nos últimos meses a investigação informou que começou a trabalhar com novas informações sobre o caso até que chegaram no adolescente, suspeito do crime. A investigação apurou que a motivação foi por conta de uma desavença pessoal entre a mandante a vítima.
Em novembro uma empresária de 40 anos foi presa preventivamente apontada pela polícia como a mandante do crime. Ela, que foi detida no estabelecimento comercial no qual é proprietária, às margens da ERS-020, foi a mentora intelectual do crime e pediu para que um outro empresário, amigo de negócios, encontrasse alguém para o serviço.
No dia 11 do mesmo mês, antes da prisão da empresária, a polícia prendeu o contratante do crime, um empresário de Capela de Santana, de 56 anos. Ele teria sido o responsável por conseguir um executor, mas acabou encontrando um outro rapaz, de 37 anos, que também foi preso, mas que também terceirizou o serviço, ordenando que o rapaz fizesse o serviço.
Ele foi detido em Nova Hartz e apresentado na Delegacia de Pronto Atendimento de Gravataí. Mesmo que hoje tenha a maioridade, ele irá cumprir pena na Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Sul, já que na época do crime era adolescente.