- Esporte
- 1 de setembro de 2021
Promessa paralímpica de Gravataí dá aula para estudantes de escola da cidade
Hoje, 1º de setembro, é o Dia do Profissional de Educação Física no Brasil. Mas em Gravataí, o professor Junior Damiani, recebeu um presente especial antecipado. “Muitas vezes, na Educação, plantamos sementes que trarão frutos depois, que não chegaremos a ver. Hoje, eu pude ver o fruto”, analisa emocionado.
O motivo da emoção do professor tem nome e sobrenome: Vítor Luft. Paratleta e estudante de Educação Física na PUC-RS, Vítor estudou no Colégio Dom Feliciano desde a pré-escola até concluir o Ensino Médio, e foi lá que teve aulas com Damiani. Ontem, o jovem trocou a função de aluno pela de professor, e deu aula para a gurizada do 9º ano e do Ensino Médio de sua antiga escola.
“Foi o dia mais feliz da minha vida profissional, a experiência mais linda que tive como professor. Conheci ele pequeno na escola e ver ele dar aula é incrível”, comenta Damiani.
Durante a aula, Vítor, contou sua história, suas experiências e sua trajetória como atleta. Depois, os alunos viveram a experiência de andar em uma cadeira de rodas, debatendo as dificuldades, diferenças entre pisos, acessibilidade e obstáculos das ruas. Por fim, foi a hora de praticar um esporte paralímpico em que o Brasil é uma potência, o vôlei sentado.
Aos 20 anos, Vítor é um dos três melhores paratletas na Corrida em Cadeira de Rodas no Brasil, na classe T 34, correndo os 100, 200 e 400 metros. Entre seus sonhos, está a disputa paralímpica. “Gosto muito do esporte de alto rendimento”, revela, enquanto Damiani é otimista com o desempenho do antigo aluno. “Se não estiver em Paris, certamente ele estará em Los Angeles”, projeta o professor mirando os próximos dois jogos paralímpicos.
À reportagem do Giro de Gravataí, o atleta também conta que o esporte e a Educação Física trazem o que lhe deixa feliz. “Gosto de adrenalina, movimento, poder correr. Sempre gostei de andar rápido”, explica. E é com o esporte de alto rendimento que Vítor deseja trabalhar no futuro. O estudante deixa claro que seu objetivo é trabalhar com pessoas com e sem deficiência. “Todo mundo, todos iguais”.
Ao ver o crescimento do antigo aluno e futuro colega de profissão, Damiani não conteve a emoção. “Chorei como uma criança. Quero muito agradecer ao Vítor pela presença, à família dele e também à coordenação do Colégio Dom Feliciano, por esta atividade”.