- Esporte
- 27 de março de 2021
Giro Colorado | Inter não jogou bem, por enquanto, não importa
O Inter não fez um bom jogo de futebol na vitória por 2×1 contra o Brasil de Pelotas na noite deste sábado (27). Até o gol de Rodrigo Dourado, que fechou o placar, o time de Miguel Ángel Ramírez, deu espaço para o fraco time do Sul do Estado e teve dificuldades para criar situações de gol. A situação melhorou um pouco aos 25 minutos do segundo tempo, com o desempate. Mas isso ainda não é importante.
Ramírez não foi contratado para aprimorar o time vice-campeão brasileiro do ano passado. Não, o objetivo da diretoria colorada foi começar um novo trabalho, do zero, com uma nova forma de jogar futebol. Isso demora, normalmente, os calendários lotados e a pressão sobre times do tamanho do Internacional não permitem que os treinadores tenham o tempo necessário para iniciar trabalhos completamente novos. Este ano, o cenário é ainda pior, com menos tempo para tantos jogos.
Entretanto, classificado para a fase de grupos da Libertadores da América, o Colorado está fazendo o que precisa. É no Campeonato Gaúcho que podem ser feitos testes, que os jogadores podem se adaptar à nova maneira de atuar. Infelizmente, nosso estadual é muito fraco. Um time mais qualificado que o Brasil poderia ter aproveitado a fraca atuação de hoje e imposto dificuldades maiores. Mas o Xavante não conseguiu fazer mais. Não é problema nosso.
O Inter de Ramírez vai oscilar, vai fazer bons jogos, vai ter jogos horríveis, isso é normal. A vantagem é que mesmo quando não joga um grande futebol, a diferença de qualidade em relação aos rivais é muito grande e as vitórias acontecem. Este é o melhor cenário para implantar o novo sistema de jogo.
Mas, o cenário favorável não vai durar para sempre, e é importante que diretoria e comissão técnica estejam atentas. A paciência do torcedor, alimentada pelos resultados positivos, pode acabar muito rápido se o desempenho na Libertadores, ou em uma possível decisão contra o Grêmio não vier. Em pouco tempo, Ramírez vai se deparar com o real desafio de treinar um gigante: ter que apresentar resultados, mesmo que esteja apenas iniciando um trabalho.
Até lá, o desempenho fraco, sinceramente, não importa.