- Esporte
- 6 de julho de 2022
Giro Colorado | E se chama Inter essa loucura. É um sentimento. Para mim, uma religião
Provavelmente meu editor publicará este texto na manhã de quarta-feira (06). Escrevo durante a madrugada, faltam seis minutos para as 2h. Faz uma meia hora que cheguei em casa e não consigo dormir. Não tem como. Torcedor sabe como é a adrenalina depois do jogo. Ainda mais depois de um jogo como o que vimos.
Na próximas colunas, vamos falar sobre tática, sobre o desempenho, sobre o treinador, os próximos adversários. Tudo isso é racional e a noite que acabou foi tudo, menos racional. Como escrevi antes da partida, faríamos mais um exercício de loucura. E assim foi, uma loucura apoteótica.
Estávamos perdendo de 2×0, mas o Beira-Rio estava com um grande movimento desde o início da tarde. Pouco antes das 19h, a Avenida Padre Cacique se preparava para ganhar um filtro vermelho, não dos disponíveis em aplicativos, mas das chamas que criaram mais uma vez as Ruas de Fogo.
Depois, o espetáculo foi dentro do Gigante construído sobre as águas e onde deixei a minha voz. Espero encontrá-la amanhã. Foram 40 mil almas insanas empurrando os 11 de Mano, ignorando o adversário inconveniente que tentou estragar a festa abrindo o placar. E o time esteve em sintonia com a torcida. O Beira-Rio rugiu e o tradicional Colo-Colo, único chileno a conquistar a Libertadores, não resistiu.
Quando time e torcida viram um só, é muito difícil segurar o Inter. E como é mágico ver mulheres, homens, crianças, idosos, ricos, pobres, todos gritando em uma só voz. Assim é a Academia do Povo.