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- 25 de março de 2021
Ex-vereador de Cachoeirinha Manoel D’Ávila vai responder a processo em liberdade
O ex-vereador de Cachoeirinha Manoel D’Ávila (PV), será solto nesta quinta-feira (23) e vai responder em liberdade ao processo por um suposto envolvimento com o tráfico. O habeas corpus que determinou a sua soltura foi decidido por unanimidade pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, cerca de quatro meses após a prisão do político, em dezembro do ano passado.
De acordo com o advogado do político, Antenor Colombo Neto, diversas irregularidades foram realizadas no flagrante. “A droga não foi encontrada com ele. Sequer tinha ligação com o vereador. Ele não tem conhecimento, amizade, uma mensagem trocada, com qualquer uma das pessoas que foi investigada, que tenha envolvimento com este fato ilícito”, ressaltou o defensor.
Na ação, agentes do Denarc apreenderam cerca de 800 quilos de maconha em dois endereços da Região Metropolitana, um deles na área onde estava localizada a Associação Humanitária de Assistência Social – Ahumas, no Jardim do Bosque, em Cachoeirinha.
O advogado destacou que aguarda a publicação com a decisão completa dos desembargadores e salientou haver diversos elementos para que Manoel não permaneça preso. “Ele é uma pessoa que possui todos os requisitos subjetivos que a Lei exige para responder um processo destes em liberdade. Uma pessoa de bem, primária, possui filhos, uma família constituída. Não vai fugir, evadir”, avaliou.
Neste sentido, Neto lamentou o tempo em que Manoel permaneceu na Penitenciária de Canoas. “É uma pena que o nosso Judiciário demore, muitas vezes, para dar uma resposta. A gente tem ciência dos motivos que levaram para esta demora, mas não pode dizer que aceita, porque é a liberdade de uma pessoa. Ficar dentro de um ambiente inóspito como um presídio é muito ruim. Cada dia lá dentro é um dia no inferno”, comentou, lamentando que a decisão não tenha sido tomada inicialmente na comarca de Cachoeirinha.
Segundo o advogado, o juiz decidiu manter a prisão por perceber indícios de autoria, mas discordou da decisão. “É um absurdo esta manifestação. A nossa lei é inteligente. Quando uma pessoa está sendo acusada de um crime, é preciso visualizar qual é o mal dela em liberdade. O que ela traria de consequências em liberdade? Uma pessoa que é primária, que é um ex-vereador de Cachoeirinha, radialista, conhecido. Nunca respondeu outro processo criminal. De que forma a liberdade colocaria em risco a comunidade? De nenhuma forma”, criticou Neto.
