Empresa de Cachoeirinha é fechada e vendida durante férias coletivas dos funcionários

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Os colaboradores, que realizam protestos, afirmam não terem recebido o Fundo de Garantia e nem o valor de 40% da multa, desde o ocorrido. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Na última semana, 38 pessoas realizaram mais um protesto contra a antiga empresa de produtos alimentícios Beck & Beck, de Cachoeirinha. A causa, é que os colaboradores alegam não terem tido o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e nem o valor de 40% de multa pagos, após o estabelecimento ser fechado e vendido sem aviso prévio, durante as férias coletivas de final de ano.

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Emerson Flores, ex-funcionário da empresa, conta que,  no dia 9 de janeiro, quando ele e os colegas voltaram das férias coletivas, encontraram a fábrica fechada e sem o maquinário dentro do pavilhão. Antes do ocorrido, já se ouvia especulações de que algo pudesse estar acontecendo, sobretudo pelo fato de que alguns funcionários não estariam mais recebendo a pensão alimentícia. “Porém, não sabíamos que seria tão sério assim, a ponto de levarmos um golpe desse”, relata.

Após a surpresa, a empresa acabou demitindo todos os 60 funcionários. De acordo com eles, o dono alegou ter vendido o estabelecimento e ainda afirmou para os empregados que não podia fazer mais nada, tudo deveria ser resolvido com o atual proprietário, João Sylvio Santos Lima.

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Fernanda Santos, outra vítima do ocorrido, afirma que o caso está sendo acompanhado por um advogado, visto que, além da  falta dos pagamentos, os funcionários desconfiam que a venda possa ter sido fantasiada entre o antigo proprietário e o atual, que segundo ela, são sócios.

Em janeiro deste ano, após o primeiro protesto, Emerson e alguns funcionários chegaram a receber parte da quantia que a empresa alega ser a rescisão. “Acredito que nós sejamos cerca de umas 45 pessoas prejudicadas, pois o pessoal do escritório e da gerência receberam certinho. Só o pessoal da produção que não”, frisa.

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Em defesa, a advogada de João Sylvio Santos Lima, Patricia Castro, destaca que a rescisão foi paga para todos os ex-funcionários, sem exceções. Ela argumenta que falta o percentual da multa, mas o atual proprietário pretende regularizar tudo.

Em resposta ao Giro de Gravataí, a advogada acrescenta que Sylvio e sua família têm sofrido muitas ameaças e que, inclusive, há alegações que são inverdades. “Teve um episódio em que os antigos funcionários chegaram até a se acorrentar num estabelecimento que não tinha nada a ver com os envolvidos, e foi necessário fazer boletim de ocorrência”, diz Patricia.

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