- histórico
- 27 de julho de 2022
Amon Costa | O tempo é um Giro
Na história da humanidade, Júlio César, general e comandante foi quem publicou aquilo que podemos chamar de o primeiro jornal que se tem notícia no mundo. César criou a chamada Acta Diurna, que era uma publicação oficial do Império Romano, criada no ano de 59 a.C.
Aqui na Aldeia dos Anjos, ao que se tem conhecimento uma das primeiras tentativas de escrever sobre as notícias da pacata e rural Gravataí, foi o jornal editado por volta de 1928, chamado de GRAVATAHY. Já no ano de 1930 circulou o Correio Rural.
Um dos grandes veículos de comunicação da cidade foi o Folha do Nordeste, que depois de um ano de circulação, já em 1952 passou a se chamar: “O GRAVATAIENSE” figurando como a imprensa oficial da cidade até 1967.
Em 1976 começou ganhar as ruas semanalmente a Folha do Vale, do José Carlos Rocha, o Rocha que era uma das figuras mais folclóricas da cidade, que teve a ideia de organizar um jornal que tivesse a abrangência de todo o vale do Gravataí (Alvorada, Cachoeirinha e Viamão).
No ano de 1982 apareceu o Correio Regional Metropolitano e em 1983 nasceu um dos veículos de comunicação mais emblemáticos da história da cidade, o CG, Correio de Gravataí criado pelo não tão menos simbólico o jornalista Roberto Gomes de Gomes, nos anos 90 se tornou um jornal diário e muito influente na política da cidade, segue atuante até os dia de hoje.
Nas conversas e nas pesquisas sobre os jornalistas de formação, jornalistas de intuição e aventureiros da notícia um nome sempre se destaca, do veterano jornalista Cláudio Wurlitzer.
“Tivemos muitos jornais, lá em 1982 circulou por seis meses, o JG Jornal de Gravataí, que era uma publicação diária de segunda a sexta, o Amilton Oliveira, Flavio Pithan e eu editamos. Já em 1990 criei o Jornal Daqui, que foi quinzenal até 1998, quando o CG do Gomes de Gomes passou a diário, e não tivemos como segurar”, Jornalista Cláudio Wurlitzer.
Um tsunami chamado Internet mudou a história do jornalismo e da imprensa, foram raríssimos os veículos de comunicação que conseguiram acompanhar a velocidade das transformações e do comportamento de consumo das notícias, foi aí que novamente o perspicaz Roberto Gomes de Gomes sacou essas transformações e criou, Seguinte, um jornal totalmente virtual em 2016.
Em 8 de Abril de 2015 um jovem e despretensioso jornalista colocou definitivamente o jornalismo de Gravataí on-line, com a criação do portal de notícias Giro de Gravataí. O “Guri” Sciota soube captar como ninguém as notícias locais e populares na velocidade em que as coisas estavam acontecendo, da escuta de rádio XP, até os novos paradigmas do jornalismo, para esta nova fase da comunicação, não há horário de fechamento, uma espécie de deadline permanente, várias vezes no dia a pauta volta a zero, minutos depois a notícia vai para casa dos milhares.
Conectado às redes, o Giro de Gravataí hoje possui uma média mensal de 700 mil leitores. Nas redes sociais, o portal conta com 113 mil seguidores no Facebook e quase 35 mil no Instagram. No Whatsapp, os leitores são reunidos em oito diferentes grupos, nos quais recebem as notícias em primeira mão.
O Giro de Gravataí já ganhou em poucos anos o seu lugar no inconsciente popular da cidade, a frase é: Bha eu vi, saiu no Giro! Como se o fato ganhasse uma dimensão dramática, como um atestado da repercussão nas redes, um selo de importância.
Na última quinta-feira, dia 21, o Giro de Gravataí foi homenageado pelo Vereador Alan Vieira (MDB) em sessão solene em homenagem a empresas e entidades de nossa cidade em 2022.
Alguns nomes são fundamentais e que construíram essa jornada da comunicação aqui na cidade, o João Selister, Osório Ramos Corrêa, Alcebíades Azeredo dos Santos, Darci Gomes, Aldino Correa, Acylino Medeiros, Darci Antero Alves , Ernesto Fonseca, Adib Chedid, João Pitrey, Antonio Soares Fonseca, Otávio Schemes, Salvador Canellas Sobrinho, José Linck, Carlos Wilkens, Pedro Eltz, José Costa de Medeiros, Milton Souza, Amilton Oliveira, José Carlos Rocha, Danilo Pellizzon, Élio Ulrich, Flávio Pitan, Iara Maurente, Leandro Nazari, Herculano Barreto Filho e Rafael Martinelli.
O Giro de Gravataí é a consequência do trabalho das gerações anteriores, mas com o pé na dinâmica do futuro. A história é feita de fatos, consciente disso, como será que os futuros historiadores daqui há 100 anos estarão pesquisando e analisando as notícias do Giro em 2022?
