- Economia
- 23 de maio de 2022
“Transparência e a desburocratização tornaram Gravataí referência para investimentos no RS”
Considerada a vitrine de investimentos no RS, Gravataí vive uma nova fase e recebe, quase diariamente, novas empresas, de diferentes segmentos e portes. Mesmo com o impacto da pandemia, que ocasionou a perda significativa de arrecadação nas cidades do Estado, Gravataí segue sendo destino de novas empresas.
A reportagem do Giro de Gravataí conversou sobre este cenário e os novos rumos da cidade com a presidente da Associação Comercial Industrial e de Servicos de Gravatai (Acigra), Ana Cristina Pastro.
Como a Acigra enxerga o cenário econômico de Gravataí hoje?
Ana Cristina: Nós recebemos recentemente, no nosso tradicional Almoçando com a Acigra, um palestrante economista do Sicredi que trouxe um cenário bem realista, diferente do que imaginávamos. Ele mostrou que o perfil atual econômico do país é bem instável, mostrando os impactos da guerra, da inflação, o poder de compra das famílias que está reduzindo. Então ali tivemos um choque de realidade.
Nosso entendimento é que olhando para Gravataí percebemos uma boa crescente, mesmo nos últimos dois anos, com a pandemia. Temos uma ótima posição geográfica e isso nos beneficia e muito, além de uma boa organização fiscal, uma gestão municipal transparente e desburocratizada. Isso faz toda a diferença para o investidor.
Hoje é muito fácil emitir um alvará na cidade, abrir um CNPJ. É esse conjunto que coloca a nossa cidade como destaque no desenvolvimento econômico.
A direção e a empresas percebem, então, Gravataí como uma vitrine de investimentos no RS?
Ana Cristina: Com clareza. Mas antes de estar contigo aqui eu consultei a nossa diretoria e os associados para que a resposta contemplasse a todos, e todos tem clareza nesta informação. O que nos faz pensar isso? Somos o quarto PIB do Estado, o octogésimo nono no Brasil. Temos um dado de que Gravataí lidera o ranking dos melhores municípios para investimentos da indústria. Isso nos atesta que sim, somos uma vitrine de investimentos.
Qual o entendimento para que Gravataí tenha atingido esta notoriedade, de ser a mais procurada por empresas em expansão?
Ana Cristina: Acreditamos que a transparência do governo municipal em tudo o que se faz dá uma segurança para que o investidor coloque seu negócio aqui, é uma garantia de onde estou indo, para onde devo ir. E é isso que estamos trabalhando muito aqui na Acigra.
Nós somos procurados por empresas, indústrias que buscam conhecer melhor a cidade, atraídos por essa fase que estamos passando. Fizemos questão de auxiliar estes para que consigam enxergar os benefícios de investir aqui. Normalmente a procura destas empresas ocorre de forma bem informal, através dos nossos diretores aqui da Acigra.
Então vamos fazendo essa troca, subsidiando-os com tudo o que for necessário. Também canalizamos as demandas destas empresas para os lugares adequados, órgãos técnicos, secretarias, e isso podemos dizer que também é um benefício para a cidade, ter pessoas técnicas à frente da gestão pública municipal.
Um reflexo é nos nossos eventos nos quais os empresários de fora, pessoas que estão trazendo seus negócios para cidade comentam sobre a capacidade do município de agilizar os processos e esclarecer muitas coisas.
O que a cidade pode esperar da Acigra?
Ana Cristina: A gente tem novos projetos, não vou antecipar todos, mas tem sim, parece que não é nosso papel, mas queremos dar um cunho mais social a entidade. Participar da Campanha do Agasalho, da doação de alimentos, da arrecadação de fundos para ajudar famílias a se reerguer.
A Acigra quer fazer isso como forma de fomento ao negócio local, que isso resulte no aquecimento do mercado de trabalho, para que possamos reduzir os índices de desemprego, que é algo que nos preocupa.
A inovação e a tecnologia também definem essa nossa nova fase, que tem como marco essa nossa nova e moderna sede, que será inaugurada oficialmente em breve. Queremos fomentar muito é a inclusão digital. Hoje percebemos até mesmo uma resistência por parte daqueles que tem acessos aos aparelhos eletrônicos.
Mas por exemplo, muitas pessoas ainda pagam conta em lotéricas. Vão até o banco para negociar ou pagar algo, e estes tem um celular, só que muitas vezes não confiam. Então queremos fomentar isso, para que possamos entrar de fato na era digital e facilitar a vida de todos.