Surgimento de piranhas no Rio Gravataí ainda é inexplicável e preocupa ambientalistas

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Foto: Serrasalmus Maculatus/Especial

Um acontecimento sem precedentes está ocorrendo no sistema da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí entre outras bacias do Rio Grande do Sul. Embora movimentos de migração sejam comuns, esta é a primeira vez que se tem registros desta espécie de piranhas, as Serrasalmus Maculatus, conhecida também como palometa, invadindo rios do Estado.

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Desde 2020 já está sendo observada a presença da espécie em afluentes, rios e lagos do RS, como o Jacuí, o Rio dos Sinos e o próprio Lago Guaíba. Todos espaços que até então nunca haviam recebido esta espécie de piranha. Antes disso, as palometas eram encontradas apenas em bacias do Rio Uruguai.

Impactos

Embora ainda não haja conhecimento de algum ataque a seres humanos, a população pode, sim, sentir indiretamente os impactos dessa invasão. De acordo com Cecília Nin, analista ambiental da Área de Proteção Ambiental (APA) do Banhado Grande, a presença dessa espécie em bacias que não eram ocupadas por ela, pode gerar problemas sócio econômicos para a população.

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Segundo ela, os pescadores que vivem em função dos peixes capturados nestas bacias, passam a ter um concorrente na hora de conseguir os pescados. Por essa espécie de piranhas não ter um predador natural, o controle fica muito difícil.

Contenção

Cecília comenta também que como ainda há poucos dados sobre todo o acontecimento, fica difícil de criar um plano de combate à invasão. “Essa resposta vai vir através da pesquisa”, ressalta. Por meio do programa estadual Invasoras, já existente, as autoridades buscam entender o comportamento e impacto que as palometas tem no sistema. “No momento ainda não temos um projeto específico para esta situação”.

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O Pró-Sinos, consórcio público de saneamento, realizou na manhã desta quarta-feira (8), em Esteio, um seminário com o objetivo de discutir esse avanço das piranhas nas bacias da região, os impactos e possíveis formas de combater o invasão.

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