”Se eu tivesse voz, gritaria pelas ruas para que elas larguem estes que não as respeitam ”

”Se eu tivesse voz, gritaria pelas ruas para que elas larguem estes que não as respeitam ”
Continua Depois da Publicidade
Familiares e amigos de Luciana pediam a pena máxima ao mestre de capoeira que a matou em 2018. Foto: Reprodução

Foi condenado a 18 anos e seis meses de prisão o mestre de capoeira Alberto Thomas Marques, de 42 anos, acusado de matar a esposa a facadas na casa onde o casal vivia, no bairro Moradas do Bosque, em Cachoeirinha. O crime ocorreu no dia 22 de dezembro de 2018, e chocou a comunidade pela brutalidade. Luciana Silva Guareze foi morta na frente da filha. 

Continua Depois da Publicidade

Vizinhos que ouviram os pedidos de socorro da vítima tentaram intervir, mas sem sucesso. Alberto ainda cortou os pulsos e o abdômen, quando presenciou a presença dos policiais militares, ele ainda se trancou em casa e acionou os botões de gás do fogão. Após negociações com a BM, ele se entregou e foi encaminhado ao Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre.

Dois anos anos após o crime, a Justiça marcou o Júri Popular do caso de Luciana. A audiência iniciou às 09h da manhã desta terça-feira (27), no Fórum de Cachoeirinha, e se estendeu até as 19h30, quando os jurados dariam sequência no dia seguinte. Nesta quarta-feira (28) Alberto Thomas Marques foi condenado. Já preso há dois anos, ele deverá cumprir cerca de 16 anos da pena.

Continua Depois da Publicidade

Sentença não agradou 

Mobilizados desde a época do crime, familiares e amigos de Luciana iniciaram campanhas nas redes sociais pedindo que o caso fosse para Júri. Uma página no Facebook foi criada e passou a compartilhar casos semelhantes ao de Luciana, buscando também alertar as mulheres em relacionamentos abusivos. 

Para a tia da vítima, Bete Rosa, a sentença é injusta e retrata um drama vivido por muitas das mulheres. ‘’É tão difícil falar, a vida é tão injusta. O mundo é dirigido por homens, feito por homens, então as mulheres ficam sempre vulneráveis. Eles fazem o que querem, casam, usam, abusam, fazem miséria e acabam matando, como aconteceu com a minha sobrinha.

Continua Depois da Publicidade

Esse assassino vai ficou bem pouco tempo preso. A pena dele foi de 18 anos e seis meses, mas já estava preso há mais de dois anos, a pena é pequena, e agora ainda dizem que ele está trabalhando lá. Na rua nunca trabalhou’’ desabafou ela. 

É muito triste passar por isso, seu eu tivesse voz eu faria encontros com mulheres e gritaríamos nas ruas para elas largarem estes machistas, que não as respeitam. Aconteceu com a minha sobrinha, e pode acontecer com qualquer uma’’, ressaltou Bete. 

Continua Depois da Publicidade

A reportagem do Giro de Gravataí tenta contato com o advogado de Alberto. 

Continua Depois da Publicidade
Continua Depois da Publicidade

Notícias Relacionadas

Crianças recebem apoio emocional e atividades de recreação em abrigos de Cachoeirinha

Crianças recebem apoio emocional e atividades de recreação em…

  A Secretaria Municipal da Educação (SMED) de Cachoeirinha tem se dedicado a oferecer momentos de recreação para as crianças alojadas…
Em Cachoeirinha, segunda parcela do IPTU é prorrogada para outubro

Em Cachoeirinha, segunda parcela do IPTU é prorrogada para…

  A Secretaria Municipal da Fazenda informa que, conforme o Decreto nº 8079, publicado em edição extra na última terça-feira (7), a…
Corpo é encontrado boiando em arroio de Cachoeirinha

Corpo é encontrado boiando em arroio de Cachoeirinha

  O corpo de um homem ainda não identificado foi localizado boiando na manhã desta quarta-feira (08) em um arroio na…