- Saúde
- 26 de janeiro de 2024
RS confirma caso importado de sarampo e reforça importância da vacina tríplice viral
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) confirmou ontem (25/1) um caso importado de sarampo no Rio Grande do Sul. O paciente é um menino de três anos que chegou no dia 27 de dezembro ao município de Rio Grande, procedente do Paquistão, sem ter sido vacinado. Com a confirmação, a Secretaria da Saúde (SES) reforça a recomendação de aplicação da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) à população de um até os 59 anos de idade nas unidades de saúde municipais.
De acordo com a SES, foi realizado bloqueio vacinal seletivo nos familiares da criança, vizinhos e profissionais da saúde. O menino está bem e seus familiares não apresentaram sintomas. A pasta ressalta se tratar de um caso importado sem cadeia de transmissão associada.
O esquema vacinal completo consiste em duas doses até 29 anos e uma dose para adultos de 30 a 59 anos. Nas crianças, a vacinação deve ocorrer aos 12 e 15 meses de idade. Profissionais de saúde devem realizar duas doses independentemente da idade. Em situações de bloqueio vacinal, a vacinação seletiva é recomendada para todas as pessoas acima de seis meses de idade. No RS, os últimos casos confirmados da doença (37) haviam sido registrados em abril de 2020.
Saiba mais sobre a doença
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral, especialmente grave em menores de cinco anos, imunodeprimidos e desnutridos, e extremamente contagiosa, que infecta nove de dez suscetíveis após exposição ao vírus. É transmitida de forma direta, por meio de secreções nasofaríngeas ao tossir, espirrar ou falar. Um caso suspeito deve ficar em isolamento respiratório e fazer uso de máscara cirúrgica desde o momento da triagem nos serviços de saúde.
A doença cursa com febre, exantema cefalocaudal e sintomas respiratórios, principalmente tosse. No quadro clínico clássico há coriza, conjuntivite e fotofobia. Casos complicados podem apresentar otites, laringites, diarreias, pneumonia e encefalites.
O reforço na cobertura ocorre em um momento em que os casos de sarampo aumentam no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2022, houve elevação de 18% nas ocorrências e de 43% nos óbitos, com estimadas 136 mil mortes, em relação ao ano anterior. No Brasil, os últimos casos confirmados foram em 2022 no Rio de Janeiro, Pará, Amapá e São Paulo.
*Com informações da Secretaria da Saúde do RS. Foto: Cláudio Fachel/Arquivo Palácio Piratini