Preso que tinha sítio para treinamento de facção na Morungava é transferido para presídio fora do RS

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Cristian dos Santos Ferreira, conhecido como “Nego Cris”, de 35 anos, foi um dos 18 presos transferidos para presídios federais fora do Rio Grande do Sul, na Operação Império da Lei, realizada na manhã desta terça-feira (03). Ele estava preso desde 2012, quando foi capturado em um sítio, na  parada 113 da RS 020 em Morungava, na divisa entre Gravataí e Taquara.

Na época, a Polícia Civil definiu Cristian como o principal líder da facção dos Bala na Cara. O sítio em que ele foi preso era vigiado com câmeras de monitoramento e televisões. De acordo com as investigações, o local mantinha um campo de paintball, que era usado para o treinamento de tiro dos integrantes do grupo criminoso.  Na propriedade, também foram apreendidas armas, muita munição, equipamentos de paintball, máscaras, coletes, cofre e cilindro de gás, além de dinheiro, anotações do tráfico, aparelhos eletrônicos, dois carros e uma moto.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, o preso acumula, entre todas as suas condenações, 38 ano e 10 meses de pena, dos quais já cumpriu cinco anos e quatro meses. Ele estava na Penitenciária Estadual de Porto Alegre (PEPOA) até a operação de hoje, o novo local de pena ainda não foi revelado.

Além de Cristian, a Operação Império da Lei transferiu outros 17 presos, todos considerados líderes do crime organizado. Segundo o Ministério Público, que solicitou as transferências à Justiça, foram encaminhados 33 pedidos no total, mas 15 não foram deferidos. Os procuradores já anunciaram que entrarão com recurso, pedindo a remoção dos outros apenados.

Ainda segundo a SSP, a ação contou com a participação 1,3 mil agentes e o emprego de 306 viaturas, sete aeronaves, seis helicópteros e um avião. Antes de ser deflagrada, a operação teve um ano de planejamento, para que tudo corresse de acordo com o imaginado desde o início da madrugada de hoje, o chamado “Dia D”. Todos os presos foram conduzidos à Base Aérea de Canoas, de onde foram levados para os presídios federais.

Foram transferidos Alexandre dos Santos Teixeira, Bruno Fernando Sanhudo Teixeira, Cristian dos Santos Ferreira, Diogo Dutra Cachoeira, Emerson Alex dos Santos Vieira, Giodarny Bonocore da Silva, Ivan Richetti, Leandro Ribeiro Pereira, Liomar Antônio de Oliveira, Luis David Amaral de Souza, Luiz Fernando de Oliveira Jardim, Márcio Fabiano Carvalho, Marizan de Freitas, Michel de Souza da Silva, Rogerio Soares, Tiago Rafael Leges Ferreira, Vladimir Cardoso Soares e Wagner Wilian Domingues da Cruz.

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