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- 17 de março de 2021
Preso padrasto acusado de abusar e engravidar enteada com deficiência intelectual em Gravataí
A Delegacia da Mulher de Gravataí confirmou na noite desta terça-feira (16) a prisão de um homem acusado de ter engravidado a enteada de 16 anos, em Gravataí. O caso foi contado pela reportagem do Giro de Gravataí, quando a jovem, com deficiência intelectual, havia dado a luz em casa, no dia 23 de dezembro.
Desde então, a Polícia Civil passou a investigar o fato, já que uma parente suspeitou da situação, principalmente por conta da mãe da menina, que disse não saber da gravidez. Além disso, conforme a familiar da menina, ela tinha pouco convívio social e dificuldades de comunicação.
“Eu fiquei sabendo no dia 23 que ela havia dado à luz em casa, a princípio depois de nove meses, sem ninguém saber que ela estava grávida. Todo mundo ficou apavorado. Ela estuda em uma escola aqui da cidade. Como ela ficou grávida se ela não sai de casa sozinha, se nós estamos em uma pandemia e o colégio teve cerca de quinze a vinte dias de aula esse ano?
Ela tem muita dificuldade de comunicação e a mentalidade dela é de criança. Até com os familiares ela não tem muito diálogo, se ela conversa, se desenvolvia alguma conversa era com a mãe. Ela precisa ser defendida e precisamos saber onde isso ocorreu”, destacou na época.
A jovem passou a ser acompanhada pelo Conselho Tutelar de Gravataí e pelo rede de proteção, conforme relatou em janeiro a conselheira Adriana Neves. “Devido ao comprometimento da menina, fizemos os encaminhamentos e, tanto ela quanto a mãe, passarão pelos atendimentos com psicólogos e assistentes sociais da rede municipal. A partir disso, com a avaliação dos profissionais, é que se pode tirar conclusões sobre o caso. Como Conselho apenas realizamos os procedimentos de assistência à menina”, disse, também na época.
Prisão
O padrasto foi preso por volta das 19h. Ele foi localizado na residência aonde vivia com a companheira e a adolescente. A prisão foi concedida pela justiça após a confirmação de paternidade do acusado, através de um exame de DNA. Além disso, outras duas pessoas do convívio da menina também foram submetidas ao exame. O preso irá responder pelo crime de estupro de vulnerável.