- Polícia
- 5 de setembro de 2020
Polícias trabalham em paralelo para elucidar crime que ainda é um mistério em Gravataí
A primeira cena choca. O corpo de um homem de cerca de 1,70, com a lateral direita parcialmente queimada, estava abandonado em um barranco, numa espécie de pista improvisada de motocross, na Estrada dos Sarmentos, na região do Morro Agudo, em Gravataí.
Inicialmente, acreditava-se que o corpo, coberto de barro, estava em estado de decomposição, mas de acordo com testemunhas e os próprios policiais militares, cachorros e outros animais haviam se alimentado do cadáver. Os olhos e um dos pés também não foram localizados. Além disso, a vítima tinha as mãos amarradas. Desde então, a identidade da vítima é um mistério.
Por outro lado, familiares de César Blazina, de 63 anos, desaparecido desde o último domingo, um dia antes do encontro do corpo, acreditam que seja da vítima. Blazina foi levado como refém durante um assalto em sua residência. Um dos veículos foi localizado no Loteamento Palermo, não muito longe do local de encontro do cadáver.
Ainda no dia do encontro, familiares estiveram na delegacia e pegaram a autorização de coleta de material genético para ser confrontado com o corpo localizado. Ainda abalados, eles não quiseram conversar com a reportagem. A investigação da Delegacia de Homicídios segue em paralelo com a 1ª Delegacia de Polícia. A medida se dá, conforme fontes consultadas, por indícios de que Blazina foi vítima de um latrocínio – o roubo seguido de morte, reforçando a hipótese de que o corpo seja do homem.
Se a identidade for confirmada, a polícia vai buscar identificar os autores do crime e esclarecer as circunstâncias do emprego de crueldade no assalto, que teria resultado na morte de César.