- Polícia
- 26 de novembro de 2018
Polícia faz operação contra nove empresas em Gravataí suspeitas de estelionato
Foi através da investigação de um homicídio ocorrido na cidade que a Delegacia de Homicídios de Gravataí realizou a “Operação Heitor” na tarde desta segunda-feira (26) contra a lavagem de dinheiro e o estelionato, oriundos do comércio de casas de madeira na cidade. Conforme a Polícia Civil,durante o curso da investigação os policiais constataram que o investigado servia como “laranja”, constando como proprietário de bens de elevado valor e como “sócio” de empresas de casas de madeira, segundo a polícia, com rendimentos desproporcionais a sua situação financeira.
Foi durante cinco meses de investigação que a polícia levantou que nove empresas faziam o estelionato, além da lavagem de dinheiro em Gravataí e região. Conforme o delegado Felipe Borba, oito pessoas são suspeitas de participar ativamente do esquema criminoso, que, segundo a investigação, era juridicamente calculado para que não “parecesse” se tratar de um estelionato, mas de um mero descumprimento contratual.
Em sua grande parte, as vítimas antecipavam os pagamentos e acabavam recebendo apenas o material a ser utilizado na construção, sendo descumprido ou apenas parcialmente cumprido o ajuste. Posteriormente, as empresas eram fechadas, reabrindo com outro nome, sendo que algumas tinham aparência de serem concorrentes, inclusive funcionando há poucos metros de distância, mas pertencendo e gerenciadas pelas mesmas pessoas.
Ao todo, quatro mandados de busca foram cumpridos na Operação Heitor – nome que de um dos personagens dos Três Porquinhos, que fazia a construção da casa de madeira. A polícia ponta para mais de 70 clientes lesados durante as atividades das empresas. São elas; Madecasas, Mad Arte, Madearte, Aliança, União, Ideal, Central Das Casas, RS Casas e Construart. Cerca de R$ 16 mil reais foram apreendidos em um dos locais. A justiça também decretou o sequestro de mais de um milhão de reais em bens. Um veículo de luxo também foi apreendido.
Segundo o delegado Felipe Borba, agora é importante que outras pessoas eventualmente lesadas, principalmente as que não buscaram a tutela judicial de seus prejuízos, compareçam à DPHPP de Gravataí a fim de auxiliar nas investigações, ressaltando-se que, assim agindo, as vítimas poderão ter facilitado o ressarcimento dos danos no âmbito cível, porquanto é possível a identificação de bens passíveis de penhora e leilão. Interessados em contribuir com a investigação podem repassar qualquer informação pelo tel. 51-39452741 ou pelo whats 51-986088876. Garante-se o anonimato.