- Polícia
- 20 de outubro de 2022
Polícia apreende em Cachoeirinha arsenal de facção
Nesta quinta (20/10), em uma ação conjunta de policiais civis de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, nove pessoas foram presas. Em um condomínio de Cachoeirinha foi feita a apreensão de arsenal pertencente a uma facção criminosa atuante na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Segundo o delegado Jackson Pessoa, da DIC/São Joaquim-SC, o órgão policial catarinense desenvolveu investigação acerca de grupo criminoso especializado na modalidade delitiva conhecida como “golpe dos nudes”, a fim de apurar a autoria dos fatos e bloquear bens para ressarcimento às vítimas. Foram expedidos 10 mandados de prisão e 18 de busca domiciliar, além das ordens de bloqueio de bens.
Paralelamente, a 2ª DIN/DENARC-RS desenvolvia uma investigação, iniciada devido a guerra entre facções na capital gaúcha, e que objetivava apurar o envolvimento de indivíduo recentemente egresso do sistema prisional com um dos grupos.
De acordo com o delegado Wagner Dalcin, o principal alvo da investigação havia sido preso em flagrante, em junho deste ano, em Cachoerinha, por porte ilegal de arma de fogo, e três meses depois, em Florianópolis, após expedição de mandados de prisão e de busca domiciliar para a residência onde estava homiziado.
Com a prisão levada a efeito em setembro, iniciou a troca de informações entre os órgãos policiais para a articulação de operações conjuntas contra o grupo. Nesta quinta, 56 policiais gaúchos e catarinenses foram mobilizados para o cumprimento das ordens judiciais.
Um dos alvos das investigações foi localizado, em diligências posteriores ao cumprimento do mandado, em um condomínio de Cachoerinha, local utilizado como depósito de armas e drogas e onde o preso armazenava 12 tijolos de crack, 3 de cocaína e 3 de maconha, 4 fuzis de calibre restrito às forças policiais, 3 espingardas calibre 12, 3 pistolas 9 milímetros, além de mais de 500 munições de diversos calibres e de dezenas de carregadores para as armas.
Conforme os delegados, o prejuízo à facção ultrapassa R$ 500 mil e as investigações demonstram o modus operandi dos criminosos, que se utilizam de parte do lucro obtido com a perpetração de golpes para o fim de financiar o tráfico de armas e de drogas.