Pesquisadora de Gravataí descobre oficialmente nova espécie de aranha

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Comum no território do Rio Grande do Sul, na Argentina e Uruguai, a aranha de nome cientifico Guriurius minuano foi descoberta e figura agora oficialmente a lista de 50 mil espécies de aracnídeos no mundo. A pesquisa é da gravataiense Kimberly da Silva Marta, de 29 anos, doutoranda do Programa de Pós Graduação em Biologia da Unisinos.

Segundo ela, o nome de batismo (Guriurius minuano) foi dado em referência ao povo minuano, indígenas que habitavam o RS, bem como o guriurius, que significa ‘guri’- termo também indígena. A inclusão da nova espécie no Catálogo Mundial de Aranhas (World Spider Catalog ou WSC) ocorreu na última quarta-feira (6), confirmando oficialmente a descoberta.

” A descoberta fez parte da minha tese de doutorado que termina em 2023. Temos um catalogo mundial, e cada vez que um aracnólogo faz uma descoberta, publica artigos científicos em revistas e o trabalho vai para este catálogo. Essa de número 50 mil a figurar a lista foi um projeto colaborativo, já que por conta da pandemia eu não conseguia fazer visitas aos estado e países, então foi uma descoberta de quatro autores.

Eu, Abel Bustamante, que é chileno, o professor Everton Nei Lopes Rodrigues, também da Unisinos e o professor da Universidade Federal do Pará (UFPA) Gustavo Ruiz. Durante o período realizamos fotos, ilustrações, dados e métricas sobre a espécie”, contou a gravataiense, que é a única pesquisadora mulher e participa de um coletivo de fomento a mulheres na área de aracnologia.

Ainda segundo Kimberly, apesar da descoberta, pesquisas ainda devem descobriram centenas de milhares de novas espécies, já que estima-se que no mundo existam entre 150 a 300 mil. A pesquisadora também destaca que elas são inofensivas. ”Essas aranhas não trazem perigo algum ao ser humano, não são agressivas, são espanta moscas, ficam em paredes e comem mosquitos, sem grau qualquer de risco”, destacou ela.

Características

A aranha pertence a família Salticidae ou aranhas-saltadoras. Com oito olhos, quatro na frente da cabeça e dois em cada lado, a espécie tem visão excepcional e mede de três a quatro milímetros. A pequena aracnídea está na mesma família das aranhas que são encontradas nas casas e que costumam dar pequenos pulos na parede para caçar suas presas, não fazendo teias.

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