- Geral
- 21 de dezembro de 2022
Moradora de Gravataí procura pelo pai, seu possível doador de medula
“Minha vida sempre foi tranquila, até o ano de 2019”, comentou Fabiola Torres das Neves, de 32 anos, ao publicar um pedido de ajuda nas redes sociais, há alguns dias. Residente no Parque Ipiranga, em Gravataí, ela buscou auxílio médico, naquele ano, devido a alguns sintomas, como dores de estômago e náuseas.
Foi necessária uma cirurgia para remoção de pedras na vesícula. “Quando achei que tudo ficaria bem, comecei com uma grande e rápida perda de peso. Procurei novamente o médico e foi aí que tudo começou a ficar mais difícil, pois descobri um Linfoma de Hodgkin”, relata.
Após exames, internações e sessões de quimioterapia, a moradora fez um transplante de medula óssea autólogo (no qual não é preciso outro doador; utiliza-se as células-tronco do próprio paciente), porém, infelizmente, o procedimento não teve a eficácia desejada. “Está marcado para janeiro um exame para ter certeza de que vou precisar fazer outro transplante”, conta. A equipe médica, todavia, já alertou para a necessidade de buscar doadores. É nesse ponto que Fabiola precisa de ajuda.
As maiores chances de compatibilidade seriam os pais, porém a mãe da paciente, Elaine Salette Torres, faleceu há nove anos, e sobre o pai, ela tem poucas informações, não o conheceu. Com os dados que conseguiu sobre o homem e uma foto é que a moradora busca, através das redes sociais, pistas sobre o paradeiro dele. A publicação tem sido bastante compartilhada, mas Fabiola ainda não obteve notícias concretas.
As informações que a munícipe tem a respeito do pai são que se chama Jorge, é argentino e trabalhava no Hotel Búzios Bauen Club, na cidade de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, em 1989, quando conheceu Elaine. O relacionamento teria terminado pouco tempo depois, quando a gaúcha voltou para casa. Eles não tiveram mais contato e Elaine cumpriu, nas palavras da filha, “o papel de mãe e pai”.
Ex-funcionários do hotel já entraram em contato com Fabiola dizendo que tentarão auxiliar. Enquanto isso, a expectativa cresce, assim como a esperança. “Sempre tive vontade de conhecer meu pai. Além da questão de saúde, existe o sentimento de falta paterna, que gera o desejo de encontrá-lo e saber minhas origens”, afirma.
Segundo a moradora, que tem dois filhos, o mais velho, de 15 anos, fez o teste de compatibilidade. O irmão dela, primeiro filho de Elaine, também. A família aguarda os resultados. Caso alguém tenha informações sobre o argentino Jorge, o contato pode ser feito com a filha através das redes sociais.