Moradora de Gravataí celebra um ano de transplante e incentiva doação de medula

Moradora de Gravataí celebra um ano de transplante e incentiva doação de medula
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O início do mês foi de comemoração para Fabíola Torres das Neves, de 33 anos, moradora de Gravataí. Ela celebra um ano de transplante e ótimas condições de saúde, após ter enfrentado sessões de quimioterapia, muitas dores e desconfortos decorrentes de um câncer, diagnosticado em 2019.

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A munícipe fez um transplante de medula óssea autólogo (no qual são utilizadas as células-tronco do próprio paciente), porém avaliações médicas iniciais indicavam que o procedimento não havia sido suficientemente eficaz e talvez fosse necessário o transplante alogênico, que requer um doador compatível.

O estado de saúde atual de Fabíola, que se sente muito bem e já não faz uso de medicações, tem feito os médicos reavaliarem o quadro para confirmar a necessidade da operação. A paciente realiza exames e na próxima consulta, em setembro, deve receber o parecer dos profissionais. Caso precise de um doador, a probabilidade é de que seja o filho Mikael, cujos testes apontaram 50% de compatibilidade.

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O doador 100% compatível seria o pai, no entanto a moradora não o conheceu. “Ainda estou procurando por ele”, comenta Fabíola, que compartilhou com o Giro de Gravataí, em dezembro de 2022, a busca por informações sobre o pai. A mãe dela, Elaine Salette Torres, faleceu há quase uma década. (acesse aqui a reportagem do ano passado)

Precisando ou não passar por um novo transplante, a paciente do Hospital Dom Vicente Scherer, do complexo da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, está engajada em mobilizar mais pessoas a se tornarem doadores de medula óssea, visto que tantas vidas podem ser salvas a partir desse gesto. Ela compartilha com outras pessoas a própria experiência para enfatizar o quão importante é a doação. E a quem passa por situação semelhante, encoraja: “muita fé em Deus”.

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Como se tornar doador de medula óssea?

O primeiro passo para quem deseja se tornar um doador voluntário de medula óssea é se dirigir a um hemocentro, onde fará um cadastro no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Na ocasião, será coletada uma amostra de sangue (10ml) para exame de tipagem HLA.

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Para se tornar doador, há alguns requisitos: ter entre 18 e 35 anos de idade; estar em boas condições de saúde; apresentar documento de identificação oficial com foto; e não ter nenhuma doença que impeça a doação de medula óssea. As doenças impeditivas podem ser conferidas neste link. É importante manter o cadastro atualizado, o que pode ser feito pelo aplicativo Redome. A doação pode ser feita até os 60 anos de idade.

Alguns locais para cadastro de doadores

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– Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul (Hemorgs), situado na Av. Bento Gonçalves, 3.722, no bairro Partenon, em Porto Alegre. Telefone: (51) 3336-6755.

– Hospital de Clínicas de Porto Alegre, situado na Rua São Manoel, 543, no bairro Rio Branco, na capital. Telefone: (51) 3359-8504

– Hospital Nossa Senhora da Conceição, situado na Av. Francisco Trein, 596, no bairro Cristo Redentor, em Porto Alegre. Telefone: (51) 3357-2139

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Transplantes na Santa Casa

Dados fornecidos à reportagem pela Santa Casa de Porto Alegre indicam que de janeiro a junho deste ano, 330 transplantes foram realizados na instituição. Destes, 47 foram de medula autólogo e 16 alogênico. A maioria dos transplantes no Hospital Dom Vicente Scherer, nesse período, foi de rins com doador falecido: 146 procedimentos.

Em 2022, foram realizados 561 transplantes na Santa Casa, e em 2021, 446. Considerando todo o estado, foram 372 transplantes de órgãos em 2023, no primeiro semestre, e 595 no ano passado.

Fotos: Matheus Makoski

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