- Política
- 8 de junho de 2021
Mais de uma centena de servidores de Gravataí protesta contra a reforma da previdência
A terça-feira (08) foi marcada por protestos dos servidores públicos de Gravataí contra a Reforma da Previdência do município. Mais de uma centena de trabalhadores se reuniram em frente à Câmara dos Vereadores, onde o projeto foi levado à pauta para a votação em primeiro turno.
Antes do início da sessão, em discurso para os demais servidores, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública Municipal de Gravataí, Vitalina Gonçalves, lembrou da entrega um compromisso de 14 vereadores pela aprovação do projeto ao prefeito Luiz Zaffalon. “Estes 14 vereadores estão sob suspeição, porque eles quebraram o princípio básico da independência entre os poderes”, avaliou a professora.
Vitalina também lembrou que o projeto não apenas aumenta a contribuição dos servidores, como amplia o tempo de serviço e a idade para a contribuição. “Ela (a reforma) nos levará a trabalhar até morrer, ou morrer trabalhando”, definiu.
Contrário ao projeto, o vereador Thiago De Leon foi enfático na crítica ao prefeito. “Este governo é mais criminoso e mata mais que uma pandemia. O governo Zaffalon é mais criminoso que a pandemia, fez a gente se aglomerar aqui, em frente à Câmara dos Vereadores, porque quer acabar com a vida dos servidores. Quem é que move a cidade? Que serve à população, que atende o cidadão que não tem dinheiro para pagar plano de saúde, quem é que dá aula ao filho da empregada? São os servidores”, discursou.
Após a manifestação, cerca de 30 servidores puderam entrar no plenário da Câmara para acompanhar a sessão. Eles entraram com fotos de vereadores em uma bandeja e balões, representando a cabeça dos servidores. “Nosso ato simbólico hoje seria uma caminhada fúnebre, com caixão, com o símbolo da morte”, explicou Vitalina.
Por conta da sessão em andamento, os vereadores não foram contatados para dar a sua posição sobre as declarações.