- Especial
- 19 de maio de 2022
Homem que matou policial civil em Gravataí é condenado a 80 anos de prisão
Após dois dias de julgamento, foi condenado a 80 anos e cinco meses de prisão o principal acusado pela morte do policial civil de Gravataí Rodrigo Wilsen da Silveira, de 38 anos, ocorrida durante uma operação policial em 2017, na cidade. Maicon de Mello Rosa, o ‘monstro’, era réu confesso no processo e foi condenado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, além de outras três tentativas de homicídio contra policiais.
Uma delas é contra a companheira de Rodrigo, a também policial Raquel Biscaglia, que estava na mesma equipe que invadiu o apartamento dos réus. Além de Maicon, foram condenados: Cristiane da Silva Borges (21 anos e nove meses), Marcos Leandro Marques (19 anos e nove meses) , Alecsandro da Silva Borges (19 anos e sete meses) e Guilherme Santos da Silva (19 anos e nove meses). Estes pelos crimes de tráfico de drogas, posse e porte ilegal de armas, receptação e organização criminosa.
Conforme a denúncia, policiais civis, com o apoio de guardas municipais, cumpriam mandados de busca em residências de pessoas envolvidas com o tráfico de drogas em Gravataí. O objetivo era desarticular uma célula criminosa que havia se estabelecido em um conjunto habitacional no bairro Planaltina.
A investigação, coordenada por Rodrigo, também dava conta da repressão dos traficantes a moradores do local, que eram despejados de suas casas por não colaborarem com as atividades criminosas. O grupo, suspeitando da investigação da polícia, passou a se concentrar em um outro condomínio, na região do bairro Passo das Pedras. Ao entrar em um destes apartamentos Rodrigo foi atingido na cabeça por um disparo, efetuado por Maicon. Houve troca de tiros no local. Rodrigo morreu a caminho do hospital.
No primeiro dia de julgamento, durante a manifestação do Ministério Público (MP), feita pela promotora Aline Baldissera, uma integrante do corpo de jurados se sentiu mal. A defesa de Maicon pediu a desconstituição do júri – o que levaria a anulação do julgamento, mas a decisão não foi acatada pela juíza, Valéria Eugênia Neves Willhelm.
Já passava da meia noite de hoje (19) quando o corpo de jurados decidiu pela condenação do réu Maicon e dos outros quatro denunciados. Todos os cinco já estavam recolhidos ao sistema prisional desde a data do crime e seguem a cumprir a pena definitiva no regime fechado.