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- 24 de setembro de 2022
Gravataiense busca a mãe biológica e a real história sobre sua infância
Tudo o que o gravataiense Leirson Figueredo quer é descobrir a verdade sobre o próprio passado. O soldador, que tem 43 anos e reside no Loteamento Breno Garcia, procura a mãe biológica, mas encontra como grande obstáculo a falta de informações sobre a família. “Não sei praticamente nada, nem o nome dela. Tudo o que sei é o que me disseram. Só falaram que eu era adotado depois que meus pais morreram”, ressalta.
O morador foi registrado por Terezinha e Edi Figueredo e até o falecimento dela, aos 60 anos, em 2008, desconhecia grande parte das histórias que foram trazidas por familiares. Ele conta que recorda de ter ouvido, na infância, uma parente dizer que não era filho biológico do casal, porém os pais negaram e o assunto foi, obrigatoriamente, deixado de lado. “Meu pai morreu em 2006 e a mãe pouco tempo depois. Só então algumas pessoas decidiram falar que eles realmente não eram meus pais”, comenta.
Segundo Leirson, são muitos os relatos sobre o passado, no entanto, ninguém forneceu dados concretos até o momento. Uma das histórias que chegaram ao seu conhecimento é a de que uma grande amiga de Terezinha teria intermediado o contato com a mãe biológica. Na época, a mulher teria alegado que não poderia ficar com a criança e que o pai biológico não assumiria o menino. “Também me disseram que minha mãe, a Terezinha, tinha perdido um filho um ano antes e essa seria a razão para ter me adotado”, diz.
No álbum de fotografias da família Figueredo, o soldador encontrou registros da amiga de Terezinha que teria mediado o contato. Contudo, também não sabe o nome e paradeiro dela. “Parece que elas foram colegas na Icotron”, salienta. Mesmo com poucos dados, o gravataiense decidiu buscar pistas e publicou, recentemente, no grupo Busca Brasil, fotos da mãe adotiva com a colega. “Acredito que essa mulher possa trazer informações da minha mãe biológica”, frisa.
Até o momento, o morador do Breno Garcia só recebeu mensagens de incentivo e sorte na jornada. “Eu demorei para tomar essa decisão, mas é que no início eu não queria saber. Fiquei um pouco revoltado com a ideia de ter sido abandonado, só que de um tempo para cá isso tem me incomodado. Quero encontrar alguém que me conte a verdadeira história”, afirma.
O grupo Busca Brasil tem um site e cerca de 36 mil membros no Facebook. Em quase quatro anos de projeto, mais de três mil casos teriam sido solucionados.