- Polícia
- 22 de agosto de 2023
Gravataí e Cachoeirinha eram reduto de agiotas que extorquiam e ameaçavam vítimas
Na manhã desta terça-feira (21), a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) deu início à Operação Velar, uma investida contra crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Cerca de 65 policiais civis executaram mandados judiciais nas cidades de Cachoeirinha e Gravataí. Os bairros não foram divulgados pela autoridade policial.
O desdobramento dessa operação decorre de um incidente ocorrido em abril deste ano, em Canoas, onde dois indivíduos foram detidos em flagrante. Na ocasião, a Brigada Militar (BM) respondeu a um chamado de uma vítima que relatava estar sendo alvo de extorsão e cárcere privado por parte de criminosos.
A vítima revelou ainda que as ameaças tiveram início após um membro de sua família ter feito um “empréstimo” com o grupo delituoso. Mesmo tendo quitado a dívida, a vítima continuou a ser ameaçada de forma persistente. Além disso, os agiotas incendiaram o veículo da vítima, gerando sérias preocupações com sua segurança pessoal.
Os dois indivíduos responsáveis por esse incidente tiveram sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva. As investigações subsequentes revelaram um possível esquema de lavagem de dinheiro e organização criminosa subjacente.
Nesta manhã, foram cumpridos um total de 13 mandados de busca e apreensão, abrangendo tanto as residências dos investigados quanto suas empresas. Adicionalmente, foram executados 4 mandados de busca e apreensão de veículos, sendo a maioria deles de alto padrão e elevado valor de mercado.
O propósito destas ações judiciais é a apreensão de itens e documentos que possam sustentar as evidências já coletadas, assim como enfraquecer a organização criminosa por meio da apropriação de bens de substancial valor.