- Esporte
- 25 de junho de 2022
Giro Colorado | Vitória pacificadora com méritos da direção
A vitória do Inter sobre o Coritiba na noite de ontem traz afirmações importantes e pode ser um passo na pacificação colorada. Antes que algum apressado venha argumentar que o adversário era fraco e o time de Mano não fez mais do que a obrigação, adianto que falarei sobre o time em relação a si mesmo.
Direção qualificou o Inter
Critiquei muitas vezes a diretoria colorada capitaneada por Alessandro Barcellos. Fui contra a demissão do Abel, o conceito de ruptura, a noção de que era preciso mudar tudo. Dito isso, me parece cada vez mais claro que melhor janela de contratações desta temporada foi a que aconteceu no Beira-Rio.
Mesmo que o elenco colorado ainda não possa ser comparado ao dos ricos Flamengo, Palmeiras e Atlético, é evidente que não temos apenas um time, mas, pela primeira vez em muito tempo, temos opções qualificadas. Mano não tinha Alan Patrick, Mercado, Wanderson e David para a partida. Usou Taison, Moledo, Pedro Henrique e Alemão, substitutos de qualidade parecida e, em alguns casos até superior.
Se é verdade que o Mano está fazendo o Inter jogar futebol, também é preciso reconhecer que o treinador ganhou peças para isso.
Pai de todos
O gênio Adroaldo Guerra Filho apelidou Rodrigo Moledo de Pai de Todos. Acho o apelido preciso. Tal qual Odin, soberano entre os deuses nórdicos, ou o dedo médio, em um nível superior ao Seu Vizinho e ao Fura-bolo, o zagueiro foi soberano na área do Inter. Depois de muito tempo, não tomamos gol. Tenho pouquíssimas certezas na vida, uma delas é que o Moledo não pode sair do time.
Alemão
Quem tem Alexandre Alemão não precisa de Yuri Alberto. É isso.
Taison e Edenílson
O Super Ed carrega, para parte da torcida, o peso de fazer parte do grupo que não vence títulos nos últimos anos. Taison foi apontado como líder da greve e ganhou antipatia de muitos colorados. Além dos gols, ambos foram em no jogo. Os dois têm bola. Se estiverem bem, estaremos mais perto das vitórias, acho que é hora da pacificação.
Pedro Henrique
Sempre que entra faz uma bagunça nas defesas adversárias, corre, deixa os zagueiros para trás, incomoda. Fez jogadas de gol contra o Santos, Flamengo (cavou o pênalti e converteu) e ontem. Um achado.