- Polícia
- 29 de julho de 2020
Falsa bomba mobilizou, mas deixou também em alerta a inteligência da BM em Gravataí
Toda a vez que os policiais do Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar (BOPE) são acionados para a intervenção em situações envolvendo análises técnicas de explosivos ou até mesmo a desativação, um outro setor do batalhão reforça o monitoramento e alerta para que outros membros da unidade fiquem de prontidão, em caso do alerta de bomba ser na verdade uma ‘cortina de fumaça’, um ensaio, típico de grupos criminosos, principalmente ligados à ataques à bancos no estilo ‘novo cangaço’ – em pequenas cidades, com o emprego de armas de grosso calibre, com disparos, explosões e fugas com reféns.
Em Gravataí, o alerta da falsa bomba não foi diferente. Quando os primeiros policiais militares do 17º BPM de Gravataí chegaram ao local, identificaram o artefato e isolaram o perímetro, um procolo foi adotado, recebendo o reforço de policias de outros batalhões, equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu, mas deixando também em alerta o setor de inteligência da BM, que já apurava as circunstâncias para o despejo do artefato no local, em um bairro residencial, longe de grandes empresas e agências bancárias.
“Com base nas informações que objetivemos, nosso setor de inteligência já havia começado a trabalhar. Tentamos entender se isso não passou de um trote ou se é um viés para algo mais apurado. Não podemos descartar, pode realmente ser uma cortina de fumaça para testar nossa resposta, como nós vamos nos mobilizar. E mesmo que seja um teste, julgo que toda a mobilização ocorreu de forma ordenada e rápida. Desde a evacuação da área até mesmo a chegada e a explosão do artefato pelo Gate”, disse o responsável pelo policiamento ostensivo de Gravataí, major Luis Felipe Neves, que acompanhou do local toda a movimentação até o final da ocorrência.
Trabalha integrado ajudou e vai ajudar
Munido das informações já coletadas pelo setor de inteligência da BM, Neves revelou que a troca de informações com a Polícia Civil será crucial para entender a motivação do material, feito de componentes eletrônicos, mas sem nenhum tipo de carga que pudesse acionar o dispositivo, além de não possuir pólvora, salitre ou enxofre, materiais utilizados na fabricação de dinamites.
“Ao mesmo tempo que identificávamos que os componentes não poderiam acionar a tal bomba, tomamos todo o cuidado para garantir a segurança dos moradores do entorno. É um protocolo que deve ser seguido. Agora vamos apurar e auxiliar nas investigação da Polícia Civil. Vamos avaliar também se fomos eficientes, mas estamos em alerta para qualquer tipo de ação ou investida”, destacou.