Facção alvo de operação em Gravataí montava ‘kit droga’ para atrair e fidelizar clientes

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Operação desarticulou o grupo que em cinco dias chegou a realizar 183 tele-entregas de droga. Foto: Polícia Civil/Divulgação

Não é de hoje que o tráfico de drogas vem acompanhando os avanços tecnológicos e fazendo dele um aliado para a distribuição de entorpecentes. Logo no surgimento dos veículos particulares de aplicativo, lá foram os traficantes recrutarem motoristas novos, sem passagens ou indícios de envolvimento para distribuir o entorpecentes pela cidade.

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Quando isso aconteceu, os meios de aplicativos de mensagem como WhatsApp e Telegram já eram usados pelos criminosos. Em paralelo aos veículos, que eram mais fáceis de serem pegos em casos de fuga, os traficantes recrutaram motoboys, na mesma sistemática; jovens, sem antecedentes criminais. O negócio era muito mais lucrativo já que o condutor carregava pouco entorpecente e tinha mais facilidade em caso de fuga, o que acabou reduzindo as apreensões e prisões.

Em Gravataí dois grupos criminosos disputam o delivery de drogas. Um deles foi o pioneiro do negócio, mas que sofreu um baque na Operação Beira-Rio, que desarticulou o grupo ligado aos Balas na Cara, responsável pela traficância no sistema tele-entrega, não só em grande parte de Gravataí, mas em outras cidades da região.

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Desta vez, na operação Bart – em alusão a Bart Simpsons, que estampa as drogas embaladas do grupo, a polícia desarticulou o delivery da gangue da Ladeira, uma das principais células dos Manos no Rio Grande do Sul, no qual a facção é responsável por cerca de 70% da traficância no município e conta com lideres milionários no Estado.

Cerca de 60 policiais, coordenados pela delegada Luciana Smith, cumpriram 12 mandados de busca e apreensão e nove de prisão preventiva. Dos alvos, quatro foram presos. Dois deles seriam os gerentes, responsáveis pela distribuição. No entanto, a sistemática do grupo era a mesma dos demais que hoje atuam. Porém, durante a investigação, a polícia interceptou ligações, conversas e até vídeos de ‘vendedores’ do crime mostrando os produtos aos clientes, tudo por meio de uma conta comercial no WhatsApp.

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Foto: Polícia Civil/Divulgação

Como um verdadeiro negócio, a quadrilha saudava e fidelizava os compradores. Uma das medidas que chamou a atenção da polícia foi um kit montado. Nele, seda – usada para fazer o cigarro de maconha, um isqueiro e 25 gramas da droga. Em um áudio interceptado pela investigação da 2ª Delegacia de Polícia, responsável pela operação, o traficante informa também os horários de funcionamento das duas teles, de maconha e cocaína. Em menos de uma semana, foram identificadas 183 tele-entregas do mesmo grupo, apontando para um esquema lucrativo.

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