Estado analisará pedido de tombamento da Casa dos Baptista, de Cachoeirinha

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Após quatro anos em busca de documentos, ambientalistas, historiadores e demais voluntários engajados na preservação da área conhecida como Mato do Júlio e a Casa dos Baptista, em Cachoeirinha, reuniram o material necessário para oficializar o pedido de tombamento do imóvel junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae). A entrega da documentação para solicitação de tombamento estadual foi entregue na manhã de hoje (30/1), no órgão vinculado à Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul, que fica no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), em Porto Alegre.

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À frente da mobilização para que a Casa dos Baptista seja considerada patrimônio histórico e cultural do RS, a Associação de Preservação da Natureza do Vale do Gravataí e o Coletivo Mato do Júlio foram representados na reunião com o Iphae pelo coordenador da APN-VG em Cachoeirinha, Deoclécio Charão, e o professor de História e voluntário do grupo Leonardo da Costa. Ambos foram recebidos pelo coordenador do instituto, Renato Savoldi, que elogiou a organização do material referente à proposta e informou uma previsão de seis meses para análise do pedido.

O prazo é visto com otimismo por Leonardo, que relata que os trabalhos focarão a partir de agora na discussão, com as esferas do governo, de alternativas para captação de recursos para o restauro da Casa dos Baptista, uma construção de 1814, um dos imóveis mais antigos do RS e no qual ainda é possível ver uma senzala. A estimativa é de que a restauração do local ultrapasse R$ 2 milhões.

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Para os ambientalistas, o momento agora é de pensar no que será feito daqui para frente para garantir que o casarão se mantenha como um lugar de memória, não apague a história da escravidão. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) considerou a Casa dos Baptista Sítio Arqueológico em 2020. O tombamento municipal ocorreu dois anos depois.

Protegido legalmente, após a avaliação da proposta pelo Estado, o imóvel situado no Mato do Júlio poderia, se restaurado, funcionar como um museu. O professor destaca que a residência de estilo colonial é muito semelhante a Fazenda da Tafona, de Cachoeira do Sul, que foi reconhecida como Território Negro e sedia um projeto que alia turismo e educação, com atividades para disseminação da história.

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Fotos: Divulgação

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