- Especial
- 18 de novembro de 2021
Casos de esporotricose em Gravataí deixam órgãos em alerta; entenda o que é e como tratar
Uma infecção por fungos que se prolifera em diversas espécies de animais, mas principalmente em gatos e cachorros tem deixado órgãos de saúde em alerta em Gravataí. A esporiotricose teve seu primeiro registro em 2016 quando um felino, que residia em uma casa no Parque dos Anjos, foi diagnosticado com a doença.
De lá para cá, foram isolados os diagnósticos, sem que houvesse conhecimento das autoridades. Só neste ano, pelo menos oito casos em animais foram registrados em sete bairros da cidade (Morada do Vale, Tom Jobim, Vila Rica, Breno Garcia, Itatiaia, Cohab e Bonsucesso).
A preocupação é também com os seres humanos, já que doença pode ser transmitida através do contato físico com estes animais. Segundo o secretário de Saúde de Gravataí, Régis Fonseca, 20 pacientes são monitorados na cidade, com suspeita da infecção. Além disso, o município criou um grupo de trabalho para tratar do assunto e recomenda que as unidades reportem os casos à Vigilância Sanitária.
”Nós criamos um grupo de trabalho para monitorar esses casos. Embora não seja obrigatório, orientamos que os casos sejam reportados para que tenhamos um controle e consigamos lidar, como por exemplo no fornecimento de medicamentos para as pessoas diagnosticadas iniciarem o tratamento”, ressaltou o secretário.
Sintomas
Entre os principais sintomas da esporiotricose em humanos está o surgimento de um pequeno caroço na pele, avermelhado e dolorido, semelhante a uma picada de mosquito. Outros são:
- Surgimento de lesões ulceradas com pus;
- Ferida ou caroço que cresce ao longo de algumas semanas;
- Feridas que não cicatrizam;
- Tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre, quando o fungo atinge os pulmões.
Como é feito o tratamento?
O tratamento para esporotricose humana deve ser feito de acordo com a orientação do médico, sendo normalmente indicado o uso de medicamentos antifúngicos. No caso da esporotricose disseminada, que é quando outros órgãos são acometidos pelo fungo, pode ser necessário o uso de outro antifúngico, como a Anfotericina B que deve ser usada por cerca de 1 ano ou de acordo com a recomendação do médico.
Como procurar ajuda?
Em casos de suspeita da doença a Prefeitura de Gravataí recomenda que a unidade de saúde mais próxima seja procurada. A Vigilância Sanitária atende pelo telefone 3600-7740. Se a suspeita for no animal, o Canil Municipal atende pelos telefones 3191-4947 ou 99226-5955.