Banco Central eleva a Meta Selic em mais 0,50 p.p e taxa de juros vai a 13,75%

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Sede do Banco Central. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

No término da sua 248ª reunião, nesta quarta-feira, 3, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anunciou a 12ª elevação consecutiva da Meta Selic, mais uma vez em 0,50 p.p, levando assim a taxa de juros do Brasil para 13,75% ao ano.

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Esse é o maior patamar desde janeiro de 2017, quando o indicador descia de 13,75% para 13%. Em agosto de 2020, a Selic chegou a baixar até 2%, ficando assim até janeiro de 2021 antes de iniciar seu ciclo de alta.

O governo já vem há um tempo tentando combater a inflação, que, atualmente, está em 5,49% só em 2022 e em 11,89% no acumulado dos últimos 12 meses. Lembrando que o centro da meta para o ano é de uma inflação de 3,5%, com teto em 5%.

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Muito já se falava em um possível fim ou desaceleração do ciclo de alta dos juros. E nesse sentido, o comitê já destacou que, na próxima reunião, marcada para a segunda quinzena de setembro, irá avaliar a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude.

E o que isso tem a ver com o dia a dia da economia e os investimentos?

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Um dos principais objetivos do Copom em alterar a Meta Selic é para regular a economia e a inflação.

Juros baixos incentivam o consumo, o crédito e os investimentos. Depois de um determinado período de economia aquecida por demanda, é natural surgir a inflação. Para freá-la, o Copom promove então a elevação dos juros, visando esfriar a economia, diminuir o consumo e domar o aumento de preços. Acontece que, além das taxas de empréstimo, a Selic também é balizadora da rentabilidade dos títulos de investimento em renda fixa, por exemplo.

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Juros baixos fazem com que os investidores se desinteressem por essa modalidade e aceitem assumir risco na bolsa de valores, buscando por retornos maiores. Ao mesmo tempo, o cenário torna-se favorável para os investimentos e expansão das empresas, o que pode resultar em melhores resultados no futuro. Tudo isso gera otimismo, torna o ambiente da renda variável mais atrativo e faz com que os preços das ações negociadas na bolsa de valores subam.

Por outro lado, quando os juros começam a ser elevados, a economia esfria e os títulos de renda fixa voltam a ser atrativos, pois passam a combinar segurança e rentabilidade. Os investidores, portanto, passam a não ver tanta vantagem no risco e há uma fuga de capital da bolsa de valores, derrubando os preços das ações.

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Vale destacar que a variação na taxa de juros também influencia na entrada ou saída de capital dos investidores estrangeiros, já que eles também fazem esse balanço entre as alternativas oferecidas aqui ou no seus países de origem.

Saiba mais

Se você quer saber muito mais sobre o assunto, vou deixar como sugestão aqui duas super entrevistas bem recentes com dois especialistas que entendem tudo do tema.

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Uma delas é com o Alexandre Versignassi, autor do livro Crash, uma Breve História da Economia, que falou bastante sobre políticas monetárias, quais seus objetivos e reflexos: https://youtu.be/OrYkg1Z3j0k

E a outra é com o Oscar Frank Jr, economista-chefe da CDL POA, que explicou muita coisa a respeito de PIB, inflação, juros e por aí vai: https://youtu.be/MmHY2Sz75Vk

E se você quer se manter sempre bem informado sobre economia, mercado financeiro, finanças pessoais e investimentos, te convido a se inscrever lá no meu canal, pois, toda semana, tem entrevista nova com algum profissional da área. É só clicar aqui: https://bit.ly/3yTt3eW

*Por Gabriel Dutra

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