- Cultura
- 26 de junho de 2022
André Valdez | Todo menino baiano tem um jeito que Deus dá
O imortal Gilberto Gil chega aos oitenta anos esbanjando vitalidade e espalhando criatividade. E segue atuante, engajado e cada vez mais, antenado às modernidades e às novas tecnologias. Gil se torna um belo exemplo de como devem se comportar os novos octogenários.
O Tempo foi realmente rei para com esse eterno garoto, que anda com fé pra fé não lhe faltar. Vivo, combatente e detentor de um legado, que se tivesse encerrado sua carreira no período da Tropicália, ainda assim, já teria entrado para a história da música popular brasileira pelo que fez, o que faz e ainda fará. É impossível colocar em dúvida que o cantor e compositor é um dos maiores artistas de todos os tempos do nosso país e do mundo.
Ele já foi o punk de uma periferia, mas quando esse deus negro sobe ao palco, sua alma cheira talco e espalha magia e arte por onde passa. Em tempos de intolerância, quisera que todo homem pudesse compreender, oh mãe, quem dera.
Não há como não reverenciá-lo!
Caro Gilberto Passos Gil Moreira, se pudesse falar com Deus, eu pediria que ele lhe concedesse a imortalidade, não só na Academia Brasileira de Letras, mas, sim, para todo o sempre. Sabendo que o melhor lugar do mundo é aqui, com você, nos brindando anualmente com sua força e garra, por aqui, ainda quero estar.
Ao mestre com carinho e delicadeza.
Eu pensei em mim, eu pensei no senhor e eu chorei por nós. Não se iluda, tudo permanecerá do mesmo jeito que o senhor tem sido. Transcorrendo, transformando. Alô, alô Gil da refazenda, aquele abraço. Alô, alô Gil de Domingo no Parque, aquele abraço. Salve, salve, sua arte. Salve, salve sua ancestralidade. Salve, salve sua magia. Salve, salve sua genialidade. Salve, salve o baiano Gilberto Gil de todos os santos. E vamos fugir para algum lugar, onde possamos Gilbertaniar, o que há de bom!
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