Recicladores de Cachoeirinha trabalham em condições precárias

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Desde o temporal de agosto de 2022, o galpão de reciclagem da Cooperativa Acrer, que fica localizado no bairro Distrito Industrial, em Cachoeirinha, está destelhado e em ruínas por falta de reparos da Prefeitura, que aluga o ambiente para a realização do serviço. Antes deste ocorrido, a cooperativa já havia ganho uma emenda para a reforma, porém, quase um ano depois, o dinheiro segue parado nos cofres públicos da cidade.

Em março de 2022, o deputado federal Paulo Pimenta criou uma emenda de R$200,00 para a reforma do galpão da Cooperativa Acrer, porém, como conta a representante do lugar, Andréia Piagette, até hoje a reforma não aconteceu, mesmo após os danos do temporal de agosto.

“É que primeiro precisava fazer o planejamento do projeto da reforma e quando isso terminou já era o período das eleições. Depois veio o recesso de final de ano e estamos esperando por isso desde então. Porém, agora eles estão com essa briga de partido enquanto a gente tem necessidades reais. Já até ouvi dizer que estavam querendo utilizar o dinheiro da reforma para outra coisa”, relata Andréia.

De agosto para cá, após a tempestade que atingiu a região metropolitana, a situação ficou mais precária. É que, com o desabamento de parte do telhado e com uma das paredes caídas, os recicladores têm dificuldade para trabalhar no galpão, tanto por acabarem perdendo muito material quanto pelo risco de sofrerem algum acidente com a estrutura, que não está firme. 

“Ninguém nunca veio nos dar uma assistência, nem a Secretaria nem a Defesa Civil. Nós somos atualmente em 15 pessoas e não podemos nos dar o direito de parar de trabalhar. Nos arriscamos porque temos família, necessidades. Não estamos nos negando a sair daqui, mas precisamos de um local melhor para trabalhar”, ressalta a representante da cooperativa, que chegou a se mudar para o galpão a fim de evitar os furtos, que estavam acontecendo no local.

Em resposta, a Prefeitura de Cachoeirinha informou que na manhã desta sexta-feira (17) houve uma reunião para discutir o caso e, posteriormente, uma visita técnica para avaliar a estrutura do local.  Além disso, ficou acordado a locação de um imóvel para ser feita a reforma da atual estrutura, não sendo possível realizar a obra simultaneamente ao trabalho da cooperativa.

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