O que a polícia ainda precisa esclarecer sobre o sumiço de casal em Cachoeirinha

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Filha de Rubens é apontada pela polícia como autora do crime, juntamente com o filho. Foto: Reprodução/Polícia Civil

Presos na última semana, mãe e filho suspeitos no desaparecimento do casal Rubens e Marlene, em fevereiro deste ano, em Cachoeirinha, são apenas uma peça do quebra-cabeça a ser montado pela Polícia Civil. Entre as principais dúvidas da investigação, coordenada pelo delegado Anderson Spier, estão a localização dos corpos, dinâmica do possível crime e os benefícios aos suspeitos para o fim dos dois 

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A prisão da filha e o neto de Rubens se deu após um laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) apontar o sangue do idoso na parede de um dos cômodos da casa. Segundo o delegado, pela posição foi possível entender de que os respingos eram oriundos de uma pancada, reforçando a linha dos investigadores de que o casal foi morto a pauladas. 

No entanto, este é o único elemento técnico que se tem até o momento e que colocam os dois num possível local de crime. Spier também aponta que os dois foram carregados no porta-malas do veículo da suspeita, porém exames descartaram a presença de sangue dos dois no veículo. Ainda de acordo com Spier, o carpete do porta-malas do veículo havia sido removido, o que explica a não localização de material genético deles. 

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Na casa da suspeita, em Canoas – último local em que supostamente os idosos estiveram a polícia também não encontrou grandes evidências, e laudos também deram negativo para qualquer comprovação de que o casal esteve no local. Para a polícia, os corpos nunca chegaram à residência pois foram descartados horas depois de sairem com os suspeitos.

Do cenário rotineiro de uma casa, duas situações chamaram a atenção da investigação. A primeira era o veículo de Rubens ligado, este estava guardado na garagem. A linha de que algo ocorreu no local e por conta disso os envolvidos saíram as pressas é reforçada com os alimentos encontrados sobre a mesa.

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A falta de um lençol em uma das camas do imóvel também foi identificada pela investigação, e segundo a dinâmica da polícia, o material foi usado para enrolar os corpos das vítimas, momento em que o carro dos presos é colocado de ré na garagem. O colchão visto nas imagens ajudaria a tapar a visão para que eles pudessem fazer a remoção dos corpos. A polícia também não sabe qual objeto teria sido usado para golpear Rubens. 

Local dos corpos 

Vídeos e imagens de áreas de varzedo e mata foram encontrados no celular do neto de Rubens. Nesta semana a polícia deve iniciar uma força-tarefa de buscas aos corpos nos locais dos vídeos, alguns já identificados pela investigação, que ficam na Região Carbonífera e Campos de Cima da Serra. Cães farejadores também foram usados em uma das diligências, semanas antes da prisão dos dois. As buscas ocorreram em áreas de mata em Canoas, locais que a polícia acredita que os dois tenham passado com os corpos. 

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Crime premeditado 

Para Spier, o crime foi premeditado e álibis foram criados para atrapalhar a investigação. O elemento levado em conta é a iniciativa do neto do idoso de colocar películas escuras no veículo, uma semana antes do crime. A relação conturbada entre pai e filha pode ter sido determinante para planejar a morte do casal, mas a polícia ainda não conseguiu entender os planos que a suspeita tinha a partir da morte dos dois. 

Mãe e filho foram presos preventivamente por homicídio e ocultação de cadáver. O inquérito deverá ser remetido nos próximos dias. Na sexta-feira (06) a reportagem do Giro de Gravataí conversou com o advogado de defesa de mãe e filho, Rodrigo Schmttz, que você lê a reportagem Clicando aqui.

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