“Premeditaram o crime; Rubens e Marlene saíram no porta-malas do carro”

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Para a polícia, o casal foi retirado da casa no porta-malas, mas ainda não confirmam se estavam mortos naquele momento.

Considerado o caso mais truncado das últimas décadas em Cachoeirinha o desaparecimento do casal Rubens e Marlene começa a ganhar um desfecho. Na tarde desta sexta-feira (06) a Polícia Civil cumpriu dois mandados de prisão preventiva contra a filha (51 anos) e o neto de Rubens (28). Os dois foram os últimos a estarem com o casal antes do desaparecimento, e assim, se tornaram suspeitos.

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Embora a polícia não tenha localizado os corpos, um laudo do IGP encontrou em uma área da casa que Rubens e Marlene viviam respingos de sangue na parede, além de uma peça de roupa infantil também com resquícios, mas essa ainda não havia sido analisada. O material analisado na parede confirmou ser sangue do idoso, o que motivou o pedido de prisão ao judiciário.

“A gente já estava investigando há mais de dois meses e conseguimos um conjunto probatório robusto, inclusive de que eles premeditaram esse crime e pensaram muito bem em cada passo. Isso resultou em dificuldades para a investigação e álibis para os dois.

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Esse exame que comprova o sangue de Rubens na parede é resultado de uma pancada na cabeça, o que pode ter sido o fator determinante para sua morte. Então esse laudo vem justamente para suprir a ausência de materialidade na investigação, já que não temos os corpos”, destacou Spier.

Filho é a chave para elucidação 

A suspeita presa é filha de Rubens e trabalha como coach e em projetos sociais voltado aos direitos humanos. Conforme a família, ela viveu por muitos anos nos Estados Unidos, mas retornou ao Brasil e se separou do pai de seu filho – também preso preventivamente.

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Ainda segundo o delegado, o filho teve principal participação no crime, e pode ser a chave para localizar os corpos do casal. “Durante a investigação encontramos vídeos de diversos locais no celular do neto do idoso. Alguns deles nós já identificamos e agora vamos trabalhar com calma nas áreas para que possamos localizar os corpos.

Um ponto que também chamou a atenção da investigação foi que ele esteve, uma semana antes do desaparecimento, em uma loja de películas e pediu que fosse colocada no veículo a película mais escura possível. O carro é o mesmo utilizado por eles para irem até a casa de Rubens e Marlene naquele dia 27. Isso reforça nossa linha de que premeditaram esse crime”, revela Anderson.

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Motivação 

A relação da filha de Rubens com a família começou a mudar após a sua separação. Ao retornar ao Brasil começou a enfrentar dificuldades financeiras. A partir disso ocorreram desavenças entre ela e familiares. Segundo o delegado, em uma ocasião a suspeita forjou um sequestro, mas que foi descoberto e ela indiciada por falsa comunicação de crime.

A situação também abalou a relação com o pai, Rubens. Conforme Spier, o idoso adotou medidas severas, que desgostaram a suspeita, que desde então, passou a planejar o crime. “Ela teve essa ocorrência de falso sequestro e isso desagradou muito seu Rubens. Ele disse que filha dele não fazia esse tipo de coisa, que jamais prejudicaria outra pessoa inventando isso.

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A partir disso o Rubens também parou de ajudá-la. Meses depois eles votaram a ter contato, mas o crime já vinha sendo planejado. Pelos vídeos e conversas que obtivemos eles já tinham em mente o que fazer, e fizeram”, revelou o delegado.

A polícia tem agora dez dias para remeter o inquérito. A filha e neto de Rubens permanecem presos na Delegacia de Pronto Atendimento de Gravataí e aguardam transferência para o sistema prisional. A reportagem do Giro de Gravataí conversou com o advogado de defesa de ambos, Rodrigo Schmitt, e preparou um contraponto separado, que você lê no link abaixo. 

https://www.girodegravatai.com.br/nao-tem-prova-tecnica-alguma-que-sustente-essa-prisao-e-descabida-e-eles-sao-inocentes/

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