“O mais justo seria o pedágio no trecho duplicado”, afirma secretário Busatto sobre a ERS-118

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Secretário de Parcerias, Leonardo Busatto, participou de audiência pública em Alvorada. Foto: Reprodução

Alvo de polêmica, a praça de pedágio proposta pelo Governo do Estado para a ERS-118 ainda não tem seu destino definido. Embora tenha sido anunciada para o Km 22,6, que fica no trecho entre a Freeway e Alvorada, o local ainda pode ser mudado, de acordo com o que declarou o secretário extraordinário de Parcerias do RS, Leonardo Busatto, em audiência pública, na noite da última terça-feira (29), em Alvorada.

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Na reunião, o prefeito de Alvorada, José Arno Apollo do Amaral, e o presidente da Câmara Municipal,  Cristiano Schumacher da Luz, pressionaram para que o posto de cobrança de pedágio não seja colocado no local proposto, argumentando que prejudicaria, ainda mais, o município, que possui um dos menores orçamentos da região. “Não sou contra o pedágio, são contra o pedágio no nosso município ou na divisa com Gravataí”, afirmou o prefeito. “Foi uma duplicação bonita, todos nós pagamos, inclusive a população de Alvorada, não é justo que, agora, só a gente pague”, completou Apollo

Aos participantes, o secretário argumentou que existem quatro possibilidades. A primeira seria não conceder a administração da rodovia à iniciativa privada e não colocar pedágio. No entanto, medida, segundo ele, implicaria em não receber investimentos para melhorias ou mesmo manutenção da estrada. “Pode ser uma escolha da região, significa continuar a situação como está hoje, rodovia de pista simples, sem asfalto adequado, sem sinalização”

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A segunda alternativa é a construção da praça de pedágio no local previsto, entre Gravataí e Alvorada, embora reconheça que a região que não teve a rodovia duplicada acabou sendo prejudicada, tendo problemas de logística e de investimento. “O mais justo seria colocar no trecho que já foi duplicados, mas isso também iria gerar protestos”, avaliou.

A instalação da praça de pedágio no trecho duplicado foi apresentada como terceira alternativa pelo secretário. Dias antes da apresentação do projeto que prevê dois postos de pedágio em Gravataí, o secretário de Transportes do Rio Grande do Sul, Juvir Costella, publicou um vídeo chamando de fake news as informações sobre o pedágio na região.

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Já a quarta proposta apresentada por Busatto é a colocação do pedágio em Viamão, próximo à ERS-040. No entanto, o secretário afirma que por ter um movimento menor, o pedágio precisaria ter uma tarifa mais alta e uma possibilidade de investimentos menor. “A duplicação talvez demorasse dez anos”, projetou.

Representantes de Gravataí e Cachoeirinha são contra o pedágio em qualquer lugar

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Além de autoridades de Alvorada, a reunião contou com representantes de Gravataí e Cachoeirinha. Proponente da Frente Parlamentar contra o pedágio, o vereador gravataiense Paulo Silveira (PSB), afirmou que a Frente rejeita a proposta de pedágio em qualquer ponto da ERS-118, sem dividir os municípios . “Continuamos na luta contra o pedágio na ERS-118 por ser um retrocesso para a economia da nossa região e por dividir nossas comunidades. Precisamos de uma alternativa para que não tenhamos esse grande prejuízo”, argumentou.

Outro parlamentar de Gravataí que participou da audiência foi o Bombeiro Batista (PSD). Ele destacou o fato do Rio Grande do Sul ter o segundo combustível mais caro do Brasil, perdendo apenas para o Acre, e criticou o tempo de concessão. “Essas empresas faturam por 30 anos. Muitos de nós não estaremos aqui e o pedágio vai continuar”, destacou.

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Já o presidente da Associação Comercial de Cachoeirinha, Cleber Soares, defendeu que os custos e o investimento para a ERS-118 sejam pagos com valores de outras rodovias, fora do perímetro urbano. “Toda a Região Metropolitana está organizada para não ter pedágio. Defendemos Alvorada. Serão 1.100 quilômetros de rodovias pedagiadas, por que não colocar em outras estradas, fora da Zona Urbana?”, questionou.

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