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  • 22 de abril de 2020

Condição do Rio Gravataí é crítica; recuperação não vai ocorrer nos próximos meses, aponta estudo

Condição do Rio Gravataí é crítica; recuperação não vai ocorrer nos próximos meses, aponta estudo
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Rio Gravataí atende a uma das maiores densidades populacionais do RS. Foto: Luiz Antônio Fonseca Soares

De acordo com a medição realizada no fim da tarde ontem (21), o Rio Gravataí está com 37 centímetros de profundidade na base da Corsan em Gravataí. O baixo volume das águas é considerado crítico pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, que mantém a proibição de captação que não seja para o consumo humano. Como a meteorologia não prevê chuvas para os próximos dias, a tendência é de um agravamento da situação até o início da próxima semana.

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E a situação não preocupa apenas para as próximas semanas. Um estudo publicado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), mostra que a preocupação com o volume do rio deve durar meses. O documento lembra que o Rio Grande do Sul enfrenta uma estiagem desde dezembro de 2019 e aponta que nos próximos três meses, deve chover, mas não o suficiente para recuperar o volume dos rios gaúchos.

“É esperada a ocorrência de chuvas nos meses de maio, junho e julho. No entanto, essas chuvas devem ser mal distribuídas pelo estado e em volumes dentro da normalidade, porém abaixo do necessário para a recarga hídrica;”, diz o relatório, que ainda afirma, “com isso, fica evidente, que apesar do retorno das chuvas, não haverá a curto e médio prazo uma recuperação do déficit hídrico acumulado desde novembro de 2019 quando as chuvas passaram a ocorrer de forma tão irregular e abaixo da normalidade”.

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O texto ainda aponta que no segundo semestre deste ano as chuvas devem ser abaixo da média novamente e projeta uma situação preocupante para o Rio Grande do Sul. “Essa condição, associada à bacias em que a recarga hídrica não será possível dada a chuva insuficiente, e, em razão do aumento da demanda hídrica em função do calendário de plantio (sobretudo arroz e soja) representa um risco substancial de comprometimento da disponibilidade hídrica nas bacias gaúchas, demandando ações de gestão e regulação de recursos hídricos, principalmente nas bacias com conflito de uso da água”.

Sobre a situação específica da bacia hidrográfica do Gravataí, os especialistas da SEMA alertam que o Rio possuí a menor área de contribuição do estado e atende a uma das maiores densidades populacionais, o que potencializada a ocorrência do que chamam de “conflitos pelo uso da água”.

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No entanto, mesmo abaixo da normalidade, durante todo o período da estiagem, o rio nunca esteve abaixo do limiar utilizado pelo estudo, que corresponde aos níveis médios diários que são igualados ou superados em 85% do tempo nas séries históricas de cada estação, que possuem mais de 30 anos de dados. O documento também destaca que esta não é a pior estiagem registrada no rio, situação que aconteceu entre 2004 e 2005.

Além da bacia do Rio Gravataí, também foram colocadas em condição de alerta as do Lago Guaíba, Sinos, Cai, Baixo Jacuí, Alto Jacuí, Taquari-Antas e Camaquã.

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