Sete meses depois, corpo de mulher encontrado em ‘manicômio abandonado’ ainda é um mistério em Gravataí

Sete meses depois, corpo de mulher encontrado em ‘manicômio abandonado’ ainda é um mistério em Gravataí
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O local, que seria um orfanato escola da década de 60, ficou conhecido como manicômio abandonado’ – Foto: Gabriel Siota Ganzer/Giro de Gravataí

Era uma manhã de sábado do mês de fevereiro quando praticantes de Paintball, que se confrontavam no chamado ‘manicômio abandonado de Gravataí’, notaram em meio à trilha uma cova. Ali era possível identificar parte da perna esquerda de uma pessoa, de calças escuras e tênis. O tronco e demais parte do corpo estavam sob uma fina camada de terra. Ao lado, o crânio humano, já em total estado de decomposição. Imediatamente as atividades foram encerradas e a polícia foi chamada.

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Uma equipe do Instituto Geral de Periciais (IGP) foi até o local, acionando também a Delegacia de Homicídios de Gravataí. Peritos constataram que a vítima, aparentemente de sexo feminino, utilizava aparelho ortodôntico, o que poderia ajudar na sua identificação. Além disso, eles também suspeitavam, desde o dia do encontro do corpo, que a vítima pudesse ter sido estrangulada, já que um cadarço foi encontrado enrolado na região da traqueia, descartando o suicídio através do indícios de uma também possível ocultação de cadáver.

Notícia relacionada: O manicômio que nunca foi um manicômio.

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Apenas com informações preliminares da vítima e sem suspeitos para o crime, os investigadores realizaram consultas por pessoas desaparecidas, e buscavam informações em cidades vizinhas para tentar identificar a mulher. Desde o dia 23 de fevereiro, data do encontro, nenhum caso envolvendo o desaparecimento de pessoas teve relação com o corpo localizado. Ainda conforme os policiais, três meses depois, não houve relatos de buscas de familiares. Completando sete meses nesta última segunda (23), o caso permanece sem solução.

Na estaca zero

O local, frequentado apenas por esportistas, fica às margens da ERS-020, na altura da parada 106 na chamada Faixa de Taquara, uma das principais rotas que liga a Região Metropolitana à Serra Gaúcha. O complexo, que nunca foi um manicômio, como foi revelado pela reportagem do Giro de Gravataí, ocupa uma extensa área no torno da mata fechada, e já é rescindente em casos de ‘desova’ de corpos. Sem qualquer tipo de iluminação a noite, e sem câmeras de videomonitoramento nas imediações, fica quase impossível desvendar o crime, conforme comentou um investigador.

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Uma das hipóteses, de acordo com fontes consultadas pela reportagem, seria de que a vítima fosse uma andarilha, ou moradora de cidades mais distantes da região, já que ninguém deu conta de seu desaparecimento. Para o delegado Eduardo do Amaral, o caso precisa ser revisto e retomado pelos investigadores. “Não temos absolutamente nada sobre este caso. Apenas aqueles informes iniciais de quando encontraram o corpo”, disse Amaral.

A Delegacia de Homicídios de Gravataí recebe denúncias anônimas pelos telefones 3945-2741 ou Whatsapp (51) 986088876.

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