- Política
- 19 de março de 2016
Giro na câmara: O futuro do PT em Gravataí
Se a um tempo atrás alguém dissesse que o diretório do PT em Gravataí iria estar perto do fim devido a saída de seus membros ninguém na cidade acreditaria, pois como que o partido que venceu quatro eleições consecutivas para prefeito e elegeu diversos vereadores desde os anos 80 chegaria ao fim? A resposta é simples, falta de poder, vaidade e intrigas.
Há quem diga que a crise no PT de Gravataí começou em 2011 após a cassação da prefeita Rita Sanco, mas a maior derrota da história do PT em Gravataí teve seu inicio devido as decisões tomadas em 2008 na eleições municipais, para quem não se lembra naquela época o diretório petista de Gravataí optou por dar a candidatura do partido ao ex-prefeito Daniel Bordignon em vez de deixar o então prefeito Sérgio Stasinski concorrer a reeleição, mesmo Daniel impedido de concorrer ele levou a campanha até o final quando na última semana a justiça cassou sua candidatura, o PT então a cinco dias das eleições lançou Rita Sanco a prefeita que até então era a vice na chapa de Bordignon na disputa pela prefeitura, o resultado todos sabem, Rita venceu e se tornou prefeita com apenas cinco dias de campanha, durante aquele mandato intrigas internas no PT e discussões sobre a gestão fizeram que dois vereadores petistas deixassem o partido, eram eles Cau Dias que foi para o PSB e Márcio Souza, que foi para o PV. Logo após a saída desses dois vereadores iniciou-se na câmara o processo de cassação do mandato da prefeita Rita Sanco e do vice Cristiano Kingeski, alegando irregularidades fiscais e improbidade administrativa, o final da história todos sabem, Rita e Cristiano foram cassados e o PT depois de quinze anos deixava a prefeitura municipal. Tentando voltar ao poder o PT lançou em 2012 novamente o nome de Daniel Bordignon, mais uma vez impedido de concorrer teve seus votos anulados e o PT teria que ficar mais quatro anos longe da prefeitura, agora sendo oposição com quatro vereadores eleitos na sua bancada, Alemão da Kipão, Alex Peixe, Dimas Costa e Carlito Nicolait.
Durante os três anos de governo Marco Alba o PT se mostrou firme e consistente na oposição ao governo municipal, sempre ressaltando que novamente Daniel Bordignon seria o candidato para o pleito eleitoral de 2016, porém de uns meses pra cá algumas coisas foram acontecendo e o PT começou a ser abandonado por seus vereadores, ex-vereadores e militantes, as baixas importantes do partido foram: vereador Alemão da Kipão, que foi para o PSD, vereador Alex Peixe, que foi para o PDT, 1° suplente de vereador e ex-vereador Airton Leal, que foi para o PV, o ex-vereador Carlinhos Medeiros que foi junto com seu filho, Alex Peixe, para o PDT e Carlito Nicolait que deixou o partido na última semana com destino provável no PSB. Mas a pior perda do PT ainda está por vir, seu maior nome na história petista de Gravataí, Daniel Bordignon está sofrendo forte pressão do PDT para deixar o Partido dos Trabalhadores e se juntar a sigla recém reformulada na cidade, intrigas entre ele e seu antigo fiel escudeiro Dimas Costa dividiram o partido, o motivo dessa intriga, segundo informações, seria a aproximação do ex-prefeito Daniel Bordignon com o advogado Cláudio Ávila, principal articulador da cassação da prefeita Rita Sanco em 2011. Dimas parece não estar contente com as atitudes de Cláudio referente a pré-candidatura de Daniel a prefeitura esse ano e o racha nesta aliança teria sido feito, Daniel então estaria de saída do PT e o único líder petista que ficaria no diretório seria Dimas Costa, o fiel solitário.
Informações garantem que a nominata do PT para 2016 conta apenas com quatorze pré- candidatos a vereador, um número muito baixo para se quer preencher uma legenda e eleger um vereador, mesmo com sua forte atuação parlamentar Dimas teria que fazer uma votação absurda para continuar como vereador na próxima legislatura. Mas como ficaria a candidatura majoritária do PT? Quem seria o candidato a prefeito do partido que já venceu quatro eleições a prefeito? Ele mesmo, o fiel solitário Dimas Costa, e no seu lugar para pré-candidata a vereadora ele lançaria sua esposa, a conselheira tutelar Anna Beatriz Silva e assim encabeçaria uma arriscada candidatura petista a prefeitura, talvez, a mais difícil do partido nos últimos anos.
Com certeza essa é a situação mais crítica do PT nos últimos anos, Dimas foi fiel e coerente e manteve sua lealdade ao partido e fará de tudo para que ele não caia no esquecimento em Gravataí.