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  • 3 de outubro de 2019

Vinicius do Amaral | Os primórdios de Gravataí

Vinicius do Amaral | Os primórdios de Gravataí
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Primeiro mapa da Aldeia Nossa Senhora dos Anjos. Reprodução/Museu Municipal de Gravataí

Para entendermos a nossa história, precisamos voltar há alguns séculos atrás. Para ser preciso, no ano de 1750, quando foi assinado o Tratado de Madrid. Neste tratado ficou estabelecido que a Colônia do Sacramento nas margens do Rio da Prata, retornasse ao domínio espanhol e que a partir das margens do Rio Uruguai a leste, fosse de domínio português. Foi levado em conta que nessas terras haviam sete missões jesuíticas, na qual seria então desocupada pelos seus habitantes, que nada mais eram que padres jesuítas com a missão de catequizar e usar a mão de obra dos indígenas.

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As tribos indígenas eram Guaranis, Charruas, Guenoas e Caigangues . Seu líder Sepé Tiaraju, que sob o cavalo, se tornava então o cacique aclamado como um ser espiritual de grande força. Foi sob o comando dele que os portugueses tiveram que recuar até o forte da cidade de Rio Pardo, na qual foi concedida uma proposta de rendição.

Portugal então se viu ameaçada e não teve alternativa a não ser se aliar ao seu maior inimigo, os espanhóis. Que depois de terem os cavalos perdidos aos indígenas e ter que revezar os cavalos com portugueses, aplicaram uma tática de guerra jamais utilizada antes aqui nas Américas.

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A chamada “manobra de Cannes”, pela qual o inimigo é envolvido pelas laterais e pelas costas. Quando conseguiram derrubar do cavalo Sepé Tiaraju, os índios, então, devido ao respeito e a sua tradição, abaixaram suas armas, mesmo podendo levar a guerra adiante e talvez até ganhá-la. Parte dos índios recuaram com os padres jesuítas para o território espanhol, e parte deles vieram à região central do Rio Grande do Sul com dois capitães bandeirantes, que nada mais eram que paulistas com a missão de capturar índios e negros refugiados.

Chegaram a Rio Pardo, Cachoeira do sul e compraram uma sesmaria (terrenos doados pela Coroa Portuguesa) de Francisco José da Costa, chamada de Sesmaria de Nossa Senhora dos Anjos, por meras 450.000 mil réis (mesmo valor usado na construção da primeira capela matriz).

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Dando adeus ao casal português, começou então o primeiro desenvolvimento da nossa cidade, a principal aldeia indígena, servindo de mão de obra aos portugueses, que tinham Viamão como capital do Estado, sendo a Aldeia parte dos chamados campos de Viamão, governada pelo governador José Marcelino de Figueiredo.

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