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- 27 de setembro de 2018
“Ele não chamava ela de mãe, e dizia que o padrasto batia”, conta madrinha de criança morta em Gravataí
Indignados com a morte do menino Rafael Silva da Rosa, amigos e familiares fizeram uma caminhada na tarde desta quinta-feira (27) na Avenida Dorival Cândido Luz de Oliveira. Com cartazes, e gritos, eles pediam justiça pela morte da criança, e foram até a delegacia de polícia, na altura da parada 68.
A madrinha da criança, Raquel Silva, relatou que o menino contava que era constantemente agredido. “Ele dizia que o Tio Nata tinha batido nele, mostrava os lugares e dizia; ele fez dodói aqui”, disse. Ela também contou que a criança chamava a mãe pelo nome próprio, o que chamou a atenção dos parentes, e levantou suspeitas contra ela.
Em meio a gritos de justiça, e pedidos de prisão para o casal, o pai da vítima, que empunhava um cartaz com a foto do padrasto, diz que não vai descansar enquanto não tiver justiça, e afirmou ter buscado exame de DNA para saber se a filha de seis meses, que está sob cuidados do conselho, é dele também. “Ele batia no meu filho pra me atingir, e essa criança de seis meses eu tenho certeza que é minha filha, pedi o DNA”, disse o pai.
Entenda o caso
Rafael deu entrada na noite de segunda-feira (24) no Pronto Atendimento 24h já sem vida. No laudo de óbito, foi observado que a criança apresentava diversos hematomas pelo corpo, além de cortes na cabeça, e também inchaço nas orelhas. No laudo também foi constada que a causa da morte foi por asfixia.
A mãe da criança e o padrasto foram encaminhados para a delegacia, mas não souberam informar o que teria ocasionado a morte de Rafael. O corpo clínico do Pronto Atendimento tmbém constaou que a criança estaria morta há pelo menos duas horas antes de ter dado entrada na emergência.
Investigação segue
Na delegacia, o caso chegou até a Homicídios de Gravataí, De acordo com o delegado Felipe Borba, o laudo de necrópsia do Instituto Geral de Perícias (IGP) será crucial para saber como foi, quando, e após as investigações, o porque da morte de Rafael. “As investigações estão em andamento, mas sem este laudo, não podemos concluir de fato o que ocorreu com ele. Assim que chegar vamos poder analisar para concluir o inquérito e indicar os acusados”, contou.