- Coronavírus
- 24 de fevereiro de 2021
“Um em cada três pacientes internados na UTI por Covid-19 vai morrer”, diz Comitê Científico do RS
O anúncio é exibido na página
post atual: "Um em cada três pacientes internados na UTI por Covid-19 vai morrer", diz Comitê Científico do RS, ID: 34986
Anúncios: Prefeitura - Obras - 2024 (85619)
Localização: Antes do conteúdo 10 (antes-do-conteudo_10)
Encontre soluções no manual
O Comitê Científico de Apoio ao Enfrentamento à Pandemia do Governo do Rio Grande do Sul divulgou, nesta quarta-feira (24), um comunicado em que, entre outras medidas, recomenda a adoção dos protocolos da bandeira preta e a suspensão imediata do sistema de cogestão, que permite que municípios possam adotar protocolos mais brandos do que os estabelecidos pela bandeira em que foram classificados.
O documento ressalta que é de conhecimento de todos que o Estado vive a situação mais crítica da pandemia até agora e destaca a aceleração de internações em uma velocidade inédita. “É o maior valor de toda a série e vai continuar crescendo, já é possível sentir o efeito das aglomerações do carnaval. A expectativa é de mais de 150 internações em leitos clínicos e mais de 50 em leitos de UTI por dia”, analisa o estudo, que ainda traz um prognóstico grave. “Os dados disponíveis mostram que um em cada três pacientes internados na UTI por COVID-19
vão morrer em função da evolução da doença
No texto, o comitê ainda reforça que as equipes de saúde estão sobrecarregadas e que a estratégia de aumentar leitos, ainda que seja importante, esbarra nos limites de recursos humanos e materiais. “Por mais que seja possível adquirir mais equipamentos, é impossível formar novas equipes de saúde com o conhecimento especializado necessário na mesma velocidade”.
A situação, ainda de acordo com o comunicado, não afeta apenas pacientes com covid-19, mas de todos que precisarem do sistema de saúde, com a falta de leitos e insumos, suspensão de cirurgias eletivas e outros atendimentos, além do risco de desassistência.
Por fim, o Comitê Científico recomenda quatro medidas ao Governo do Estado:
1. Realizar uma campanha de comunicação massiva sobre a gravidade da situação, envolvendo gestores, sociedade civil organizada, sistema público e privado de saúde e toda a população.
2. Enfatizar que a via de transmissão respiratória (gotículas e aerossóis) é a mais importante e que, portanto, são fundamentais: o uso de máscaras bem ajustadas, a ventilação de ambientes e a manutenção do distanciamento físico entre pessoas.
3. Suspensão imediata da cogestão.
4. Poderão ser consideradas adaptações específicas nos protocolos das bandeiras para incorporar novas evidências, de modo a permitir um equilíbrio entre as necessidades de cada setor e a redução da circulação de pessoas. Uma sugestão é que cada setor possa avaliar, dentro da bandeira preta, como poderia aumentar sua segurança de funcionamento.
Uma reunião entre o governador Eduardo Leite e as associações representativas dos prefeitos vai avaliar os efeitos das ações realizadas nos últimos dias e discutir os próximos passos. Caso a cogestão seja suspensa, cidades que estão sob a bandeira preta, como Gravataí, Cachoeirinha, Glorinha, Porto Alegre, Viamão e Alvorada, deverão obedecer os protocolos mais severos. De acordo com a regras da bandeira preta, o comércio considerado não essencial deve fechar, as aulas devem acontecer apenas de maneira remota, restaurantes só podem trabalhar com entrega e com o sistema pague e leve.