- Especial
- 21 de setembro de 2021
Um ano depois, desaparecimento de idoso em Gravataí ainda é um mistério
O desaparecimento do aposentado de 78 anos, Ormario Coelho da Silveira, tem desafiado as autoridades. Comuns, os casos de desaparecimento envolvendo pessoas idosas tem indícios que se assemelham, principalmente quando o sumiço é voluntário. Já o caso de Ormário é diferente, e segue rodeado de dúvidas.
O idoso, morador do bairro São Marcos, passeava com a família nas edificações abandonadas às margens da ERS-020, na altura da parada 106. O local, um orfanato-escola, que ganhou o nome de manicômio, atrai turistas da região. Acompanhado da esposa e de outros familiares, ele participava da visitação quando se dispersou do grupo e nunca mais foi visto. Segundo familiares, eles seguiam por uma área de trilha quando Ormario decidiu voltar, retornando em direção ao veículo da família, estacionado na entrada do local.
Sem informações precisas de sua localização, familiares iniciaram buscas nas áreas edificadas, suspeitando que Ormario pudesse ter sofrido um acidente, já que também possuía indícios de Alzheimer. Familiares também passaram a procurar no perímetro entre o local e o bairro que a família residia, pensando que pudesse ter retornado a pé para casa, o que não aconteceu.
Força-tarefa
Passados cerca de três dias, uma força-tarefa foi montada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Gravataí. Guardas Municipais, o Corpo de Bombeiros de Gravataí e cães farejadores do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) integraram o grupo que percorreu quilômetros no perímetro indicado pela família.
A apuração de investigadores da Polícia Civil também confirmou com moradores da região a passagem de um homem com as características de Ormario. No entanto, as duas informações que apresentavam semelhanças com o aposentado davam conta apenas do avistamento de um homem caminhando às margens da rodovia, no sentido Gravataí Taquara.
Os cães do GBS também vasculharam o terreno e não apontaram nem mesmo indícios de Ormario. Bombeiros e Guardas Municipais verificaram poços desativados e edificações abandonadas, também sem sucesso. A suspeita na época, segundo o delegado Ricardo Milesi, era de que o idoso pudesse ter buscado abrigo em propriedades na região. No entanto, nao houve comunicação desde então. O caso segue em aberto, sem solução.