- Polícia
- 20 de maio de 2020
Três pessoas são indiciadas por injúria racial e constrangimento em caso de idoso em hospital de Gravataí
A 1ª Delegacia de Polícia de Gravataí concluiu o inquérito que investiga crimes denunciados pelo vigilante Everaldo da Silva Fonseca, de 62 anos, que teria sido acusado injustamente de ter furtado o celular de uma técnica em enfermagem do hospital, na madrugada do dia 18 de abril. Durante as investigações, policiais ouviram cerca de 20 pessoas e analisaram um vasto conteúdo de imagens, que são do circuito interno do Hospital.
Três pessoas que trabalhavam na instituição foram indiciadas. Duas delas pelo crime de constrangimento ilegal. Uma técnica em enfermagem foi indiciada também pela crime de injúria racial. Conforme a investigação através do depoimento de testemunhas, ela havia colocado o vigilante como autor do furto do celular, “aquele negro ali que furtou o celular”, diz trecho do inquérito a ser remetido ao judiciário.
Além disso, para o delegado Márcio Zachello, responsável pela investigação, houve também o crime de constrangimento ilegal, conforme diz trecho do relatório “…em coautoria da Técnica de Enfermagem R e sob indução e observação de T, efetuou revista pessoal no corpo e pertences da vítima Everaldo, o qual, pelas circunstâncias pessoais (como idade avançada, compleição física inferior ao autor, condição social não elevada), período (madrugada) e sozinho dentre funcionários, resistência alguma poderia oferecer“.
O inquérito também concluiu que a morte da companheira de Everaldo, Maria Gonçalves da Silva, não teve relação com o episódio. O Giro de Gravataí teve acesso ao nome das três pessoas envolvidas. Nossa reportagem buscará o contraponto. Aguarde maiores informações.