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  • 23 de abril de 2020

Três pessoas são demitidas pelo Hospital Dom João Becker em caso envolvendo idoso em Gravataí

Três pessoas são demitidas pelo Hospital Dom João Becker em caso envolvendo idoso em Gravataí
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O Hospital Dom João Becker anunciou a demissão de três funcionários por conta dos acontecimentos do último sábado (18), envolvendo o vigilante Everaldo da Silva Fonseca e sua esposa, Maria Gonçalves Lopes. Na noite desta quinta-feira (23), informou que concluiu a sindicância interna em que apurou os fatos.

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Em nota, a direção do hospital afirma que a paciente chegou ao atendimento em estado grave e que a família foi avisada que o quadro poderia resultar em óbito. O texto também reafirma que não aconteceram agressões físicas ao idoso e também nega que a situação tenha tido motivações raciais.

As demissões, segundo o documento, foram motivadas pelo descumprimento do Código de Conduta por parte dos funcionários.

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Confira a nota na íntegra:

Hospital Dom João Becker conclui sindicância interna

A direção do Hospital Dom João Becker concluiu, nesta quinta-feira, a sindicância interna encarregada de averiguar os fatos ocorridos nas dependências do Hospital Dom João Becker na madrugada do último sábado, 18/04, envolvendo familiar de paciente.

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A sindicância, conduzida por uma equipe multiprofissional da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, teve como base o Código de Conduta vigente em todos os hospitais da instituição.

Assim, apresentamos a seguir as principais conclusões e as providências encaminhadas:

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1. Conforme já informado, a paciente MG.L. foi levada ao hospital Dom João Becker pela SAMU na manhã do dia 17/4, em estado grave em razão de doença pré-existente – cirrose hepática, desnutrição, desidratação, rebaixamento sensório, estado caquético, conforme laudo da SAMU. Na admissão da paciente, no setor de Emergência, a família foi comunicada pelo médico sobre a gravidade do quadro e da possível evolução para o óbito. Foi disponibilizado todo atendimento médico e assistencial necessário ao quadro clínico.

2. Por volta de 4h00 do dia 18/4, houve um episódio de extravio do celular de uma funcionária do setor onde a paciente encontrava-se. Coincidentemente, ao ser procurado, por ligação de colegas de trabalho ao número do telefone extraviado, percebeu-se a vibração de um celular próximo ao familiar da referida paciente, circunstância esta que desencadeou todo o lamentável fato que se sucedeu. Um segurança foi chamado para verificação junto ao familiar, o qual foi convidado voluntariamente para conversar em um corredor contíguo, local onde há o monitoramento de câmeras de segurança, nas quais todas as imagens foram registradas. Verifica-se que, na abordagem, não há qualquer tipo de agressão física ou reação exacerbada do segurança que pudesse representar qualquer indício de ameaça física. Encerrada a abordagem, quando o próprio familiar retirou seus pertences de uma bolsa e mostrou ao segurança, nada foi encontrado, apenas a constatação de que sua filha estava tentando contatar com ele, razão pela qual o seu celular havia vibrado. Este episódio (extravio do telefone) logo veio a ser esclarecido, com a localização do aparelho em outro ambiente do hospital, havendo então pedidos de desculpas ao familiar por parte da funcionária envolvida, conforme atestam diversos outros funcionários presentes

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3. O episódio não teve qualquer tipo de motivação racial, e tampouco houve injúria desta natureza, conforme especulado indevidamente em redes sociais.

4. O óbito da paciente ocorreu por volta de 9h50 por causas naturais, portanto mais de 5 horas após o primeiro episódio, devido à gravidade de doença crônica pré-existente, não havendo qualquer nexo de causalidade plausível entre os eventos, até mesmo porque a paciente não tinha quaisquer condições clínicas de percepção do seu entorno, conforme atestam todos os documentos de registro assistencial.

5. Foram ouvidos pela sindicância interna integrantes do corpo funcional do hospital, envolvidos ou não no episódio, que estavam trabalhando no setor onde se deu o evento, empregado de empresa terceirizada e acompanhantes de pacientes que estavam no mesmo ambiente em que se deram os fatos.

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6. Diante do exposto, a Direção do Hospital Dom João Becker definiu pela rescisão unilateral do contrato de trabalho de três funcionários, cujo comportamento no episódio esteve em desacordo com o Código de Conduta da Instituição.

7. A íntegra do relatório da sindicância interna foi entregue e protocolada ao Gestor Municipal da Saúde, ao Conselho Municipal da Saúde e à Polícia Civil. Também será entregue ao Ministério Público, tão logo este órgão esteja disponível para receber. Para os dois últimos, são entregues também DVDs com as imagens das câmeras do circuito interno de TV.

A Direção do Hospital Dom João Becker, uma vez mais, lamenta o ocorrido, na convicção de que fez seu papel na ágil apuração dos fatos e certa de que as investigações das autoridades irão corroborar as informações ora disponibilizadas.

Hospital Dom João Becker
Gravataí, 23 de abril de 2020

Entenda o caso

Polícia vai investigar denúncias de crimes contra idoso após sumiço de celular no Hospital Dom João Becker

 

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