- Polícia
- 10 de agosto de 2020
Tiros para o alto e demonstração de força; o que a polícia já sabe sobre a ação de atiradores em Gravataí
Era pouco antes da meia-noite quando os primeiros relatos começaram à surgir. Grupos de moradores em redes sociais eram abastecidos de informações quase simultâneas de um suposto ataque a tiros que ocorria nos bairros próximos à ERS-020. Os disparos teriam sido efetuados na região das Moradas, mais especificamente na II, mas foram ouvidos em bairros próximos como Bonsucesso, Planaltina e Vera Cruz.
Os relatos dos moradores ainda coincidiam com a quantidade dos disparos, que pelas características e os projéteis encontrados, apontavam para um ataque coordenado e com o emprego de armas longas. Mais de 50 disparos foram ouvidos. Em seguida, fotos das cápsulas começaram a circular. Conforme informações preliminares, os atiradores teriam utilizado de pistolas 9mm e pelo menos um fuzil, de calibre 55.6.
Após os disparos, que interrompeu os minutos finais do domingo de Dia dos Pais, informações com vítimas já haviam começado a circular, mas foram desmentidas pelas equipes de socorro e resgate, que já haviam sido avisadas do ataque, e pela própria Brigada Militar (BM), que atendeu à ocorrência.
Responsável pelo policiamento ostensivo, o major Luis Felipe Neves acredita em demonstração de força. “Nossas viaturas foram ao local, mas não localizaram nada. Em seguida moradores começaram a mostrar as cápsulas encontradas. Os disparos teriam ocorrido na Morada do Vale II. Suponho que seja para demonstrar força, mas a investigação ficará com a Polícia Civil”, disse Neves à reportagem.
A região do ocorrido é reduto de um dos mais poderosos ‘braços’ da facção ‘Os Manos’, responsável por mais da metade do domínio do tráfico de drogas em Gravataí.