- Especial
- 1 de fevereiro de 2023
Projeto acolhe e encaminha animais para novos lares em Gravataí
O Brasil é o segundo país do mundo em população de cães e gatos, com um total de 55 milhões. Desse número, cerca de 30 milhões estão em situação de abandono, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). Diante dessa triste realidade, várias ONGs dedicadas à causa conscientizam, resgatam, cuidam e arranjam um novo lar para esses animaizinhos, através de feiras de adoção. Este é o caso do Projeto Cão Sem Dono, criado em 2016 pela estudante de Medicina Veterinária Rafaella Barcellos Markiewicz, de Gravataí.
A instituição resgata, abriga, trata, reabilita, castra e encontra uma família para cães e gatos em lares seguros da Região Metropolitana. Atualmente, a ONG mantém um sítio na área rural com mais de 100 animais que recebem cuidados veterinários, alimentação adequada e carinho. Para manter a infraestrutura, o projeto conta com doações. O dinheiro arrecadado é utilizado na compra de sacos de rações, vacinas e na realização de castrações. Além disso, o valor ajuda na aquisição de material de limpeza e medicamentos, como vermífugos e anti-pulgas.
Mas se engana quem pensa que os gastos param por aí. Também fazem parte das despesas artigos de enfermaria, como gaze, algodão, soro fisiológico e seringas, materiais de higiene, caixas para transporte e artigos de bem-estar, como brinquedos, caminhas, almofadas, cobertores, roupas e toalhas.
Como o gasto diário do sítio é alto e as doações não são fixas, Rafaela e o esposo, Leonardo Machado, decidiram montar uma hospedaria. “Abrimos o sítio Dog Marley, um hotel para cachorros de todas as raças, portes e que toda a renda é revertida para o projeto. Foi mais uma maneira que achamos de conseguir arcar com os custos”, frisa.
Rafaela lamenta que o número de adotantes seja pequeno comparado ao de animais abandonados. “Em média conseguimos adotar uns 10 por feira, mas eu tenho cachorros que estão esperando por um lar há mais de cinco anos. Sabemos que quanto mais velhos, mais difícil de serem adotados”, salienta a ativista.
O abandono de animais é frequente durante o ano, mas aumenta no período de festas e de férias escolares, segundo Rafaela. “Essa época é a pior de todas, as pessoas querem viajar e simplesmente abandonam seus animais. Com tantos animais nas ruas, eles acabam se reproduzindo e vemos muitas ninhadas, tanto de gato quanto de cachorro”, comenta.
Faça parte do projeto
Rafaela relata que voluntários são sempre bem-vindos para colaborar na organização e logística de feiras de adoção, que acontecem todo final de semana. “Hoje de 10 a 15 voluntários ajudam, transportando os bichinhos até a feira, arrumando o local, limpando as gaiolas, mas esse número é muito pequeno”, diz.
Outra forma de ajudar é arcando com os gastos de um animalzinho. Com um valor mensal, você ajuda a manter um animal fora das ruas até que ele seja adotado. Agora, se você se encantar com algum dos animais e quiser adotá-lo em definitivo, estará contribuindo tanto para o bem-estar dele como o seu próprio.
Para colaborar ou adotar, entre em contato com a ONG através da página no Instagram @projetocaosemdono ou pelo telefone (51) 99272-8270.