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- 23 de setembro de 2021
Procurado por homicídio e integrante de grupo que ameaça moradores em Gravataí; polícia prende criminoso em SC
Chegou ao fim a fuga de um criminoso de 22 anos que perdurou por quase três anos. O acusado foi preso nesta última quarta-feira (22) por policiais civis da divisão especial de capturas de Santa Catarina. O acusado foi detido em Florianópolis e esconde um passado relacionado a mortes e intimidações a moradores de Gravataí, principalmente do Loteamento Princesa, na parada 102.
Segundo a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Gravataí, ele é apontado como um dos autores da morte de Djovany Teixeira Macedo, de 21 anos, ocorrida no dia 16 de outubro de 2018, no mesmo loteamento. A vítima foi encontrada no meio da rua. Ele apresentava ferimentos por arma de fogo. Se não bastasse, o acusado também teria participado da tentativa de execução de Augusto Maia Santos Aires, ocorrida no mesmo dia que Djovany foi morto.
A violência com qual o grupo tratava desavenças em relação ao tráfico de drogas também foi sentida pelos moradores da área, que passaram a ser ameaçados para que o silêncio sobre as atividades criminosas prosseguissem. Além disso, a investigação da Polícia Civil de Gravataí revelou também a expulsão de moradores de suas casas. Em alguns casos os criminosos tomavam as residências para a armazenagem e venda de drogas. Com os moradores amedrontados, os criminosos também se exibiam com armas nas ruas, em plena luz do dia.
Liberdade no princesa
Não demorou muito para que a investigação sobre a morte de Djovany e a tentativa contra Augusto avançasse e os policiais civis, além concluirem a investigação para os crimes, montassem uma operação para dar fim a ação desenfreada dos criminosos, que figuravam a subida dos índices de crimes na cidade.
Foi na manha do dia 31 de outubro que a Delegacia de Homicídios desencadeou a Operação Liberdade. Dos cinco procurados na operação, quatro foram presos. Eles, com idade entre 18 e 25 anos, possuíam ligação direta com o tráfico de drogas. No entanto, conforme apurou a investigação, a morte de Djovany não tinha relação com o tráfico, mas sim havia sido dada por motivo passional. Um dos amigos da vítima estaria se envolvendo com a namorada de um dos criminosos, alvo da operação, que por vingança, decidiu pela execução de Djovany e do amigo.
Repercussão internacional
A Operação Liberdade não só devolveu o sossego ao moradores do Princesa, mas também deu à polícia um bônus. Entre os presos estava o criminoso Moises Uilian da Silva Silveira, vulgo Dragão. Segundo a investigação, ele foi o responsável por um crime, meses antes, que gerou repercussão internacional.
Na época, dois primos foram filmados cavando a própria cova, e em seguida sendo mortos a tiros. A crueldade foi além, quando os criminosos atearam fogo nos corpos, exibindo armas e fazendo menção à facção na qual pertenciam. O caso foi amplamente divulgado e estampou os principais jornais do mundo.
O crime havia ocorrido no bairro Xará – território da mesma facção que controlava o tráfico no Princesa. Desde então o último foragido do bando era o rapaz preso em Santa Catarina. Ele foi detido e apresentado na delegacia local. Em seguida deve ser transferido ao RS. A polícia não divulgou o seu nome.