Procurado pela polícia e alvo de traficantes; jovem está foragido por tortura e morte de mecânico em Gravataí

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Cesar, morador do bairro Neópolis, foi levado com os criminosos durante um assalto em sua residência.

Foi há quase um mês, no dia 09 de outubro que a Justiça atendeu ao pedido da Polícia Civil de Gravataí e concedeu a prisão preventiva de dois suspeitos de participarem da morte do mecânico Cesar Blazina, de 53 anos, que havia sido sequestrado e teve o corpo parcialmente carbonizado, largado em uma área de mata, em Gravataí.

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O crime, um verdadeiro quebra-cabeça, precisou ser montado pelos policiais da 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Gravataí, em paralelo com agentes da Delegacia de Homicídios. Até o momento, a polícia acreditava que a vítima seria liberada após o sequestro, já que familiares constataram que eletrônicos e o próprio carro da vítima haviam sido levados de sua residência.

Porém, na manhã do dia primeiro de setembro, a Delegacia de Homicídios foi acionada para um encontro de cadáver, localizado por moradores, na Estrada dos Sarmentos, na localidade de Morro Agudo. O corpo apresentava sinais de violência, além de ter sido parcialmente carbonizado. A vítima ainda teve as mãos amarradas e parte dos membros estavam comidas, provavelmente pela presença de animais na região.

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Investigação paralela ocorreu entre a 1ª Delegacia de Polícia e a Delegacia de Homicídios de Gravataí. Foto: Giro de Gravataí/Especial

Pelas características a família já tinha convicção de que o corpo era de Cesar. Dias depois, o Instituto Geral de Perícias (IGP) deu a confirmação. Desde então, a polícia passou a tratar o crime como latrocínio – roubo seguido de morte. A partir da confirmação e o depoimento de testemunhas, não demorou muito para que os investigadores começassem a elucidar o crime. No dia 15 do mesmo mês, o primeiro suspeito, um homem de 24 anos, foi preso temporariamente.

Ordem para matar

Antes disso, no mesmo dia em que a polícia foi acionada para o encontro de cadáver, que mais tarde seria confirmado como o corpo de Cesar, um ataque a tiros havia ocorrido por volta das 17h, no bairro Vila Branca, a cerca de três quilômetros do bairro Neópolis – região na qual Cesar morava. A tentativa de execução tinha relação com a morte de Blazina.

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O alvo dos tiros não teve seu nome revelado, mas conforme apurou a reportagem do Giro de Gravataí, trata-se de Samuel Fernando Máximo dos Santos, de 22 anos. Ele caminhava pela Rua dos Expedicionários, no bairro, quando duas pessoas em uma motocicleta chegaram próximo dele e abriram fogo. Samuel foi ferido com dois disparos, foi socorrido e recebeu atendimento médico no Hospital Dom João Becker. Horas depois, a Brigada Militar (BM) prendeu o suspeito do crime, que apesar de inicialmente não ter confessado o ataque à Samuel, revelou a ordem.

Investigação apontou que Samuel foi um dos autores do crime, cometido por conta do dinheiro que a vítima supostamente guardava em casa. Ele está foragido. Foto: Divulgação.

O autor havia recebido a missão de executar Samuel, já que traficantes haviam descoberto que ele seria o responsável pela tortura e morte de Cesar. Conforme o delegado Márcio Zachello, responsável pela investigação, as perícias em um dos veículos roubados da vítima, além de testemunhas e até mesmo as digitais encontradas no carro apontavam Samuel como um dos autores do crime.

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A motivação, ainda segundo Zachello, seria informações de que Cesar guardava dinheiro em sua residência, fruto da venda de um veículo. Durante uma festa com os dois em sua casa, eles acabaram se desentendendo, foi então que começaram as torturas para que a vítima revelasse o local em que guardava o dinheiro. “Eles tiveram uma noite juntos, os autores tinham conhecimento de que a vítima tinha dinheiro em casa então resolveram roubá-la. Como os indivíduos eram conhecidos dele, eles precisaram matar a vítima para que não fossem apontados pelo crime”, explicou o delegado.

Desde então, policiais procuram por Samuel. Ele, que já possui antecedentes, também é apontado por roubos a veículos, incluindo em municípios vizinhos, como Glorinha. Informações sobre seu paradeiro podem ser repassadas pelo WhatsApp/Telegram da Polícia Civil (51) 98444-0606 ou pelo 190 da Brigada Militar (BM).

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