- Especial
- 29 de maio de 2022
Prefeitura tem projeto para ampliar a oferta de métodos contraceptivos em Gravataí
A Prefeitura de Gravataí apresentou, nesta sexta-feira, 27, um programa estratégico de aconselhamento, planejamento sexual e reprodutivo. O objetivo do projeto é garantir e ampliar a oferta de métodos contraceptivos com a finalidade de qualificar a disponibilização dos medicamentos no âmbito municipal.
“A gente tem muito a comemorar a implementação de um programa desse alcance. Do ponto de vista social, é extremamente importante uma política pública nesse sentido. Representa um avanço muito grande”, destacou o prefeito Luiz Zaffalon.
O mandatário lembrou que Gravataí investe 23% do orçamento municipal em saúde, acima dos 15% previstos em lei, medida adotada ainda durante o governo do ex-prefeito Marco Alba. De acordo com o secretário municipal da Saúde, Régis Fonseca, o programa é bastante significativo para os gravataienses, visto que irá fornecer aos munícipes os melhores equipamentos possíveis.
“É fundamental para a vida em sociedade, pois é uma ação que envolve tanto os homens quanto as mulheres. Seremos um exemplo para o Estado e para o Brasil”, disse. Este ano, por exemplo, a SMS retomou as vasectomias após dois anos.
Segundo o médico ginecologista da SMS Marcelo Leone, os médicos das unidades de saúde, ainda durante a pandemia de covid-19, foram treinados para a implantação dos métodos contraceptivos.
Em 2020, ao menos 350 dispositivos intrauterinos (DIUs) de cobre foram colocados nas mulheres. No ano seguinte, 400 destes foram implantados. No mesmo período, 500 implantes subcutâneos hormonais foram aplicados, frente a 350 no ano anterior.
“É um método que, apenas, quem tinha convênio, tinha direito. Agora, vamos estender essa opção para as mulheres que utilizam o SUS. Gravataí dá esse importante passo, representando um legado de vida que deixamos para o município”, salientou o médico.
Marcelo reforçou que, com a adoção desses métodos contraceptivos, uma série de mudanças positivas tende a acontecer a médio e longo prazos. Entre eles, a diminuição dos índices de feminicídio e de criminalidade, a redução nos indicadores de violência doméstica e o fornecimento de vidas mais dignas às mulheres.
Para a coordenadora dos Serviços e Ações Programáticas Estratégicas (SAPE), Juliana Fontoura, essa política pública é importante para que a individualidade de cada paciente seja respeitada, considerando a escolha do melhor método em uma decisão tomada em conjunto, entre paciente e profissional de saúde.