- Especial
- 7 de julho de 2021
Prefeitura confirma gratuidade nas passagens de ônibus a famílias carentes de Gravataí
Um decreto assinado pelo prefeito Luiz Zaffalon na manhã desta quarta-feira (07) criou o Cartão Social, medida que visa beneficiar famílias carentes de Gravataí com a gratuidade das passagens nas linhas municipais, os chamados ‘branquinhos’. Para a iniciativa, R$ 1,2 milhões foram aportados pelo município, que segundo o prefeito, parcelam do aporte de R$ 5 milhões ao transporte público, aprovado em maio, e que garantiu o congelamento da tarifa, permanecendo em R$ 4,80.
‘’O assunto transporte coletivo não está resolvido. Ele está posto e precisamos debater. Em Porto Alegre tem até a ideia de um ‘SUS’ do transporte público. A situação não é boa. Aqui em Gravataí tinha como previsão um aporte de R$ 9 milhões, mas conseguimos reduzir. Então daqueles cinco milhões que a população fala que foi dado à Sogil, sairá R$ 1,2 para as passagens gratuitas’’, destacou Zaffalon.
O secretário de Mobilidade Urbana de Gravataí, Adão Castro, apresentou os dados referente ao deficit do transporte público, destacando o prejuízo das empresas, não só em Gravataí, mas em outras cidades do Estado. ”A perda de passageiros é sentida em todas as cidades. Olhando para Gravataí, nós tínhamos em 2013 uma média de 600 mil passageiros por mês, operando com 85 veículos – isso da linha municipal. Em 2019, ainda antes da pandemia, 360 mil passageiros mensais usavam o transporte, que operava com 63 veículos. Agora, somado à pandemia, temos 160 mil passageiros por mês com uma frota de 35 ônibus.
Além disso, contamos também com o desemprego e os transporte de aplicativos – que não são regulados, que operam sem pagar impostos, e não se comprometem a se adequar às leis municipais. Essas empresas não fornecem nenhum tipo de garantia ao empregado, no caso o motorista. Este por sua vez não tem nenhum direito, não tem carteira assinada, e tudo isso contribui para a queda do transporte coletivo, que é sustentado pelas próprias tarifas’’, explicou Adão.
”É para quem precisa. Ou na busca por um emprego, ou para atendimento médico, por exemplo”
O Secretário municipal da Família, Cidadania e Assistência Social, Luís Stumpf, destacou o benefício às famílias, mas alertou para que o serviço não seja corrompido pelo mal uso. ”O objetivo é beneficiar aquelas pessoas vulneráveis, aqueles que estão desempregado, que buscam uma oportunidade no mercado de trabalho, que precisam ir até determinada empresa largar um currículo ou fazer uma entrevista.
Serve para aquela moradora que precisa ir até uma consulta médica e não consegue pagar pela passagem para chegar. Então estas, devidamente cadastradas, receberão o auxílio. Nós já temos 261 famílias aptas a receber esta gratuidade. Lembrando que este cartão tem um viés solidário, de benefício à quem precisa, não é para passeio’’, disse o titular da pasta.