- Especial
- 17 de agosto de 2021
Polícia Civil investiga morte de serralheiro em atendimento da BM em Gravataí
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já ouviu boa parte das testemunhas sobre a morte do serralheiro de 57 anos, Adalberto Silveira Machado, ocorrida na noite da última quinta-feira (12), em Gravataí. Investigadores buscam concluir se houve ou não o excesso por parte dos policiais. De acordo com o delegado Ricardo Milesi, boa parte dos depoimentos do fato já haviam sido colhidos ainda na noite do fato.
Milesi ainda destaca que alguns outros dados estão sendo anexados ao inquérito, e aguarda o laudo pericial para dar continuidade às investigações. ‘’Estamos complementando alguns dados, mas por enquanto não chegou o laudo. A investigação está bem adiantada’’, frisou ele, que não deu detalhes de seu entendimento até o momento.
O caso ocorreu por volta das 22h daquela quinta. De acordo com a Brigada Militar (BM), policiais foram despachados para atender a uma ocorrência de violência doméstica. Quando chegaram no endereço da vítima, na rua Catão Coelho, no bairro Morada Gaúcha, avistaram familiares do serralheiro no pátio de casa.
No entanto, Adalberto estava em um terreno baldio ao lado, escondido em uma valeta, e segundo o depoimento de um dos policiais, com uma faca, ele investiu contra os agentes, que revidaram. Adalberto foi atingido com pelo menos dois tiros. Ao todo, conforme testemunhas, mais de cinco foram ouvidos.
Os policiais levaram a vítima baleada ao Hospital, mas ele não resistiu aos ferimentos. Horas após o crime, durante entrevista à reportagem, os familiares contestaram a dinâmica descrita pelo policiais e informaram que Adalberto não havia reagido. Além disso, eles constatam a força desproporcional usada, podendo ter utilizado de uma arma não letal para contê-lo.